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Reação das autoridades canadianas impediu trajetória igual a EUA

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, disse hoje que devido a uma reação "mais rápida" das autoridades sanitárias canadianas, o país não está "na mesma trajetória" que os Estados Unidos no combate à pandemia de covid-19.

Reação das autoridades canadianas impediu trajetória igual a EUA
Notícias ao Minuto

19:10 - 30/03/20 por Lusa

Mundo Justin Trudeau

"Penso que, considerando tudo, não estamos exatamente na mesma trajetória" que os Estados Unidos, explicitou o chefe do Governo canadiano, citado pela agência France-Presse, quando questionado sobre a evolução da doença em território norte-americano.

Justin Trudeau falava aos jornalistas durante uma conferência de imprensa, em Otava, capital do Canadá, onde referiu que as autoridades canadianas tiveram uma reação "mais rápida" relativamente ao rastreamento da doença provocada pelo SARS-CoV-2 do que os EUA.

O primeiro-ministro do Canadá também declarou que o país conseguiu convencer mais rapidamente os canadianos da importância do isolamento profilático como medida para combater a propagação da pandemia.

"Mas vamos, realmente, ver esta semana se os comportamentos adotados pelas pessoas há duas semanas já estão a dar frutos", acrescentou, realçando que a evolução da covid-19 no Canadá depende das "escolhas que as pessoas fizeram e continuam a fazer.

Justin Trudeau disse ainda que está "extremamente orgulhoso" pelo modo como os cidadãos canadianos "se uniram" e por continuarem a "seguir as diretrizes" das autoridades sanitárias.

"Todos têm a capacidade de ter um impacto direto sobre o modo como o Canadá vai sobreviver" à pandemia, finalizou o primeiro-ministro.

Apesar de ser um país menos populoso do que os EUA, o Canadá registou até hoje 6.671 pessoas infetadas pelo SARS-CoV-2 e 67 mortes, em oposição aos mais de 143.000 casos confirmados e mais de 2.500 mortes em território norte-americano.

Estes dois países encerraram há dez dias a fronteira comum -- a mais longa do mundo -- a movimentações "não-essenciais", excluindo desta interdição o transporte de mercadorias.

O SARS-CoV-2, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 727 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 35 mil.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com mais de 396 mil infetados e perto de 25 mil mortos, é aquele onde se regista atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 10.779 mortos em 97.689 casos confirmados até domingo.

A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 7.340, entre 85.195 casos de infeção confirmados até hoje, enquanto os Estados Unidos são o que tem maior número de infetados (143.055).

Os países mais afetados a seguir a Itália, Espanha e China são o Irão, com 2.757 mortes reportadas até hoje (41.495 casos), a França, com 2.606 mortes (40.174 casos) e os Estados Unidos com 2.514 mortes (143.055 casos).

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