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Barcelona recorda vítimas do atentado nas Ramblas, três anos depois

No dia 17 de agosto de 2017, um terrorista avançou sobre os transeuntes das Ramblas, em Barcelona, percorrendo 530 metros antes de se acidentar. Morreram 16 pessoas e centenas ficaram feridas.

Barcelona recorda vítimas do atentado nas Ramblas, três anos depois
Notícias ao Minuto

15:28 - 17/08/20 por Notícias Ao Minuto

Mundo Espanha

É numa Barcelona dividida por questões políticas e de Saúde que hoje um grupo de cidadãos acorreu à sua principal artéria, La Rambla, para prestar homenagem às 16 vítimas mortais do atentado que aconteceu a 17 de agosto de 2017, quando Younes Abouyaaqoub percorreu 530 metros com uma carrinha branca, aos ziguezagues, atropelando várias pessoas.

O monumento de homenagem às vítimas voltou esta segunda-feira a encher-se de flores, mas desta vez sem a presença de membros da monarquia ou do governo espanhol.

A Associação Catalã de Vítimas de Terrorismo tinha organizado um evento para esta tarde, mas acabou por suspendê-lo, por causa da pandemia de Covid-19.

Ainda assim serão realizados atos simbólicos em Cambrils, em Tarragona, cenário do segundo ataque, no dia 18 de agosto, que terminou com uma vítima mortal e com a morte de quatro terroristas.

Recorde-se que o Ministério Público espanhol pediu, no mês passado, penas de prisão entre oito e 41 anos de cadeia para os três membros da célula terrorista responsável pelos ataques que acabaram por ser detidos. 

São pedidos 41 anos de prisão para o suspeito Mohamed Houli Chemia, sobrevivente da explosão na casa da célula terrorista, em Alcanar (Tarragona), e 36 anos para Driss Oukabir, o irmão de um dos terroristas mortos, e em nome do qual foi alugada a carrinha utilizada em Las Ramblas. Os dois são acusados dos crimes de pertencer a uma organização terrorista, fabrico e posse de material explosivo, e conspiração para cometer atos terroristas relacionados com os planos de ataque à Sagrada Família, um dos monumentos mais conhecidos de Barcelona.

Para o terceiro arguido, Said Ben Iazza, o Ministério Público solicita oito anos de prisão por colaboração com o grupo terrorista.

Nenhum deles foi acusado como responsável pelas 16 mortes e 140 feridos na operação, uma vez que os membros da célula que cometeram esses crimes foram mortos pela polícia regional (Mossos d'Esquadra) ou na explosão de Alcanar (a 16 de agosto de 2017, ocorreu uma explosão na casa onde estavam a ser armazenadas botijas de gás, matando vários elementos da célula).

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