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Milhares protestam pela Universidade de Teatro e Cinema de Budapeste

Milhares de pessoas manifestaram-se hoje em Budapeste, depois do apelo de estudantes da Universidade de Teatro e Cinema (SZFE), que protestam contra as interferências do Governo e querem recuperar a autonomia da instituição, refere a agência EFE.

Milhares protestam pela Universidade de Teatro e Cinema de Budapeste
Notícias ao Minuto

18:44 - 06/09/20 por Lusa

Mundo Budapeste

Citando a organização, a EFE indica que estiveram na manifestação cerca de 20 mil pessoas, que formaram uma 'corrente humana' desde a sede do SZFE até ao parlamento húngaro, onde foi entregue um documento que fala sobre a necessidade de diálogo.

De acordo com a EFE, no final de agosto, vários elementos da direção e professores do SZFE demitiram-se em protesto contra a perda de autonomia e a falta de diálogo com a nova reitoria, composta por membros leais ao Governo do ultranacionalista Viktor Orbán.

Uma nova estrutura colocou o SZFE sob o controle da Fundação para Artes Teatrais e Cinematográficas, dirigida por pessoas próximas ao executivo e presidida pelo diretor do Teatro Nacional Húngaro, Attila Vidnyánsz.

Desta forma, o conselho universitário perde a sua capacidade de decisão sobre o orçamento, as regras de funcionamento ou a nomeação do reitor e dos professores.

Como protesto, os alunos do SZFE ocuparam e bloquearam a sede da universidade há uma semana, tendo recebido inúmeras manifestações de apoio de várias personalidades nacionais e internacionais.

Por seu lado, Vidnyánszky acusa os estudantes participantes nestes protestos de serem "uma força aterrorizante", que não procura o diálogo.

"É preciso olhar bem para isso. É um exército encontrado na internet, um grupo internacional", acrescentou.

Perante o bloqueio da sede da universidade, o Governo pretende iniciar as aulas noutro edifício, enquanto a reitoria anunciou hoje que vai adiar o início das aulas uma semana.

Desde que assumiu o poder em 2010, Orbán lançou várias campanhas contra instituições independentes, como a Academia de Ciências ou a Universidade Centro-Europeia fundada pelo milionário americano George Soros, que em outubro de 2018 foi forçada a mudar-se para Viena.

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