Presidente argentino (e não só) celebram anulação de condenações de Lula
O Presidente da Argentina, Alberto Fernández, e outros políticos internacionais como a autarca parisiense, Anne Hidalgo, ou a deputada do Bloco de Esquerda Joana Mortágua, comemoraram a anulação das condenações do ex-mandatário brasileiro Lula da Silva.
© Lusa
Mundo Lava Jato
"Celebro que Lula tenha sido reabilitado em todos os seus direitos políticos. Foram anuladas as condenações contra si, que foram ditadas com o único fim de persegui-lo e eliminá-lo da carreira política foram. Fez-se justiça! Lula Livre", escreveu Fernández na rede social Twitter.
Já a deputada portuguesa Joana Mortágua indicou que a prisão de Lula faz parte do "golpe contra a democracia no Brasil".
"A anatomia completa do golpe contra a democracia no Brasil está por conhecer, mas é certo que passou pela decisão política de prender Lula da Silva. Passo a passo, essa injustiça vai sendo denunciada e corrigida", disse a deputada do Bloco de Esquerda, cuja mensagem foi republicada por Lula.
Celebro que @LulaOficial haya sido rehabilitado en todos sus derechos políticos. Se anularon las condenas en su contra que fueron dictadas con el solo fin de perseguirlo y eliminarlo de la carrera política.
— Alberto Fernández (@alferdez) March 8, 2021
Se hizo Justicia!#LulaLivre https://t.co/Hog0MqFtJg
Do lado francês, a presidente da Câmara de Paris, Anne Hidalgo, declarou estar "muito feliz" por ter sido feita "justiça para Lula da Silva".
Tellement heureuse ! Justice est faite pour @LulaOficial https://t.co/YuBCUe2PHz
— Anne Hidalgo (@Anne_Hidalgo) March 8, 2021
"Após cinco anos de perseguição, todas as ações judiciais contra Lula da Silva foram anuladas! Lula está livre. O 'juiz' Moro e sua gangue repudiados. A magistratura brasileira recusa-se a fazer o trabalho político sujo", escreveu, por sua vez, o líder do partido de esquerda França Insubmissa, Jean-Luc Mélenchon.
Après cinq ans de persécutions, tous les procès contre @LulaOficial sont annulés ! Lula est libre. Le «juge» Moro et sa bande désavoués. La magistrature brésilienne refuse de faire le sale boulot politique.
— Jean-Luc Mélenchon (@JLMelenchon) March 8, 2021
De Espanha, o líder do Podemos, Pablo Iglesias, disse que Lula foi afastado da política para "abrir caminho para a extrema-direita".
"O 'lawfare'[uso estratégico do Direito para fins ilegítimos] contra Lula, para impedi-lo de ser candidato e abrir caminho para a extrema-direita, exemplifica o novo 'modus operandi' das grandes potências. No final das contas não deu em nada, mas hoje manda Bolsonaro no Brasil. Agora é para ganhar Lula. Punho levantado", indicou Iglesias.
El lawfare contra Lula para evitar que fuera candidato y abrir el camino a la ultraderecha, ejemplifica el nuevo modus operandi de los grandes poderes.
— Pablo Iglesias (@PabloIglesias) March 8, 2021
Al final ha quedado en nada, pero hoy manda Bolsonaro en Brasil.
Ahora a ganar @LulaOficial https://t.co/iMVuxRABWo
O Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro anulou esta segunda-feira todos as condenações do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela Justiça Federal no Paraná, relacionadas com as investigações da Operação Lava Jato.
A decisão foi tomada pelo juiz Edson Fachin, que é o relator dos casos da Lava Jato no STF.
A anulação foi decretada na sequência da decisão de Fachin, de declarar a incompetência da Justiça Federal do Paraná nos processos sobre a posse de um apartamento de luxo no Guarujá, estado de São Paulo, e de uma quinta em Atibaia, também em São Paulo, que haviam levado a duas condenações do ex-chefe de Estado brasileiro, em decisões das primeira e segunda instâncias.
Isto não quer dizer que o antigo chefe de Estado brasileiro tenha sido inocentado já que os processos serão remetidos para a justiça do Distrito Federal, que vai reavaliar os casos e pode receber novamente as denúncias e reiniciar os processos agora anulados.
Porém, com esta decisão, Lula da Silva voltou a ser elegível e recuperou seus direitos políticos.
Lula, de 75 anos e que governou o Brasil entre 2003 e 2010, chegou a cumprir 580 dias de prisão, entre abril de 2018 e novembro de 2019 e, desde então, o ex-presidente recorre da sua sentença em liberdade condicional.
Em comunicado, o Instituto Lula indicou que, "infelizmente, a decisão tomada hoje chega tarde demais e depois de causar prejuízos irreparáveis não apenas ao Instituto e ao ex-presidente, mas também ao país e à própria Justiça".
É lamentável que o Brasil e a democracia tenham pagado um preço tão alto antes que essa injustiça fosse reconhecida.
— Instituto Lula (@inst_lula) March 8, 2021
A verdade vencerá.
Instituto Lula
"Há cinco anos, já se sabia que a vara de Curitiba não era competente e que Lula jamais cometeu crime algum. Moro [ex-juiz da Lava Jato] criou uma farsa com promotores para criminalizar o Instituto, o ex-presidente e afastá-lo das eleições. É lamentável que o Brasil e a democracia tenham pagado um preço tão alto antes que essa injustiça fosse reconhecida. A verdade vencerá", concluiu o Instituto.
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