Merkel garante "todo o apoio" a afetados pelas inundações na Alemanha
A chanceler alemã, Angela Merkel, garantiu hoje "todo o apoio" aos afetados pelas devastadoras inundações que atingem o oeste do país e provocaram 42 mortes, enquanto dezenas de pessoas estão desaparecidas.
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Mundo Angela Merkel
Numa breve declaração aos meios de comunicação a partir de Washington, onde chegou hoje naquela que deve ser a última viagem aos Estados Unidos como chanceler, Merkel afirmou ter discutido o assunto com o ministro das Finanças, Olaf Scholz, e o ministro do Interior, Horst Seehofer.
"Falamos sobre ajudas na reconstrução a longo prazo, embora logicamente o objetivo prioritário agora é prestar ajuda imediata à população das regiões afetadas", indicou.
A chanceler já tinha expressado consternação com a devastação causada pela tempestade, através da conta na rede social Twitter do porta-voz, Steffen Seibert.
Aos meios de comunicação, qualificou como "catástrofe", "impossível de descrever com palavras", a situação vivida nas regiões afetadas, onde dezenas de pessoas tiveram que colocar-se em segurança ao ir para os telhados de suas casas e outras morreram presas nos sótãos.
Estas são as inundações mais devastadoras do século, piores do que as sofridas pelo leste do país em 2002, a afetam os Estados federais da Renânia do Norte-Vestefália, os mais populosos do país, assim como o vizinho Renânia-Palatinado.
O líder regional da Renânia do Norte-Vestefália, Armin Laschet, candidato conservador para suceder a Merkel, interrompeu uma viagem ao sul da Alemanha e viajou para algumas das cidades mais afetadas.
Laschet visitou Altena, onde um bombeiro morreu, e Hagen, uma cidade cujas ruas ficaram inundadas, sendo que a situação em Colónia também é dramática com a confirmação de várias mortes.
"Vivemos inundações de dimensões catastróficas. Somos uma região habituada a inundações, mas o que vivemos é uma catástrofe", afirmou a líder regional da Renânia-Palatinado, a social-democrata Malu Dreyer.
Merkel explicou aos jornalistas que já tinha contacto Laschet e Dreyer, com o objetivo de garantir o "máximo apoio" aos afetados a todos os níveis, federal, regional ou local.
Por seu lado, o ministro das Finanças disse que tudo fará para que as regiões atingidas recebam ajuda do governo federal.
O montante dessa ajuda ainda não foi calculado, já que não há uma estimativa total dos danos causados pela subidas das águas.
Os serviços meteorológicos do país preveem que as chuvas fortes diminuam nas próximas horas.
Tanto a organização ambientalista Greenpeace como a ativista ambiental sueca Greta Thumberg alertaram que as inundações são consequência da crise climática e advertiram que estas são apenas o princípio de uma série de fenómenos semelhantes.
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