Putin despediu-se de Merkel e agradeceu os anos de "cooperação frutífera"
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, despediu-se hoje da ex-chanceler alemã Angela Merkel, que cessou funções na quarta-feira, agradecendo-lhe por "tantos anos de cooperação frutífera", segundo um comunicado divulgado pelo Kremlin.
© Reuters
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Putin também sublinhou a "contribuição significativa" de Merkel para "o desenvolvimento das relações russo-alemãs", de acordo com a nota da Presidência russa.
Além disso, Putin disse à ex-chanceler alemã que será "sempre" bem-vinda na Rússia, país que Merkel visitou várias vezes durante os 16 anos que esteve no poder (2005-2021).
Angela Merkel expressou, por seu lado, o seu apreço ao líder do Kremlin pelo trabalho desenvolvido em conjunto e desejou-lhe êxito no diálogo com o novo chanceler alemão, Olaf Scholz.
A ex-chanceler alemã foi, possivelmente, a líder europeia com quem o Presidente russo teve uma relação mais estreita, em parte porque Putin fala alemão e também devido aos vários anos que Merkel se manteve no poder na Alemanha.
Desde 2005, as trocas comerciais bilaterais dispararam -- a Alemanha tornou-se o primeiro parceiro comercial da Rússia à frente da China - e, apesar das críticas à política energética do seu antecessor, Gerhard Schröder, Merkel apoiou o projeto do gasoduto Nord Stream 2, que liga os dois países através de uma ligação submarina no mar Báltico.
A relação iria resfriar com a anexação da península ucraniana da Crimeia (2014), quando Berlim apoiou as sanções contra Moscovo dentro da União Europeia (UE).
Posteriormente, a Alemanha mediou, juntamente com a França, a interrupção das hostilidades na região separatista de Donbass (leste da Ucrânia) com a assinatura dos acordos de paz de Minsk em fevereiro 2015.
Na quarta-feira, Putin felicitou o social-democrata Olaf Scholz pela sua investidura como novo chanceler da Alemanha e sublinhou que as relações russo-alemãs são importantes não apenas para os dois países, mas para "toda a Europa".
O social-democrata Olaf Scholz foi eleito na quarta-feira chanceler federal pelo Parlamento alemão (Bundestag), onde o partido (SPD) que lidera e os seus aliados na coligação governamental, os Verdes e os liberais (FDP), têm maioria.
O novo Governo alemão, tripartido e inédito a nível federal, é reconhecido como o mais igualitário da história da Alemanha, já que oito dos seus 16 ministérios serão ocupados por mulheres.
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