Propostas eleitorais são de direita ou esquerda? Macron "não quer saber"
Emmanuel Macron respondeu às críticas sobre a alegada inclusão de propostas da direita no seu programa às eleições presidenciais francesas de abril, hoje apresentado, afirmando "não querer saber" do posicionamento das mesmas, mas sim do benefício para os franceses.
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Mundo Presidenciais
"Nos governos que nomeei houve homens e mulheres de direita e de esquerda. Eu assumo totalmente - não quero saber, presidencialmente. O que conta é o que vai permitir aos franceses viver melhor", sublinhou Macron numa conferência de imprensa em Aubervilliers, nos arredores de Paris.
Macron tem sido alvo da crítica de que muitas das propostas contidas no seu programa eleitoral são 'roubadas' à direita, nomeadamente a obrigação de horas de trabalho para quem recebe a prestação mínima de subsistência.
As eleições em França decorrem em duas voltas, com a primeira a 10 de abril e a segunda a 24 de abril. Há 12 candidatos dos diferentes quadrantes políticos a disputar as eleições presidenciais.
O Presidente prometeu hoje para os próximos cinco anos um aumento do investimento no setor energético, na defesa e a manutenção da reforma do sistema de pensões, com a idade da reforma aos 65 anos.
Na apresentação do programa eleitoral, Macron lembrou a sua vitória de 2017, quando foi eleito sem o apoio de um grande partido, e os últimos cinco anos de mandato.
"O que eu fiz nunca existiu na nossa história política. Fui eleito sem história política, escolhi dois primeiros-ministros que não fizeram a minha campanha. Nunca tinha acontecido. Chamei ministros da sociedade civil e nunca parei de alargar e reunir porque o nosso país precisa de unidade num projeto claro", disse.
Questionado sobre a sua ausência nos debates da primeira volta das eleições, Macron reforçou que escolheu não participar porque estes debates "não são uma regra".
"Nem a Constituição, nem os nossos costumes dizem que o debate entre todos os candidatos antes da primeira volta são a regra ou uma boa forma de confrontar as ideias democráticas", afirmou o candidato, dizendo que prefere debate com os jornalistas e os eleitores.
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