Centro-direita do Brasil reforça aliança para candidatura de Simone Tebet
O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) anunciou hoje o apoio à candidatura presidencial de Simone Tebet, juntando-se aos partidos de centro-direita que procuram combater a polarização entre Jair Bolsonaro e Lula da Silva.
© SERGIO LIMA/AFP via Getty Images
Mundo Presidenciais
Simone Tebet, de 52 anos, senadora desde 2015 e única mulher candidata às eleições presidenciais, é considerada o novo rosto da 'terceira via' brasileira, saindo agora mais reforçada com a formalização desta aliança entre o PSDB e o seu partido, Movimento Democrático Brasileiro (MDB).
Tebet já tinha recebido o apoio do partido Cidadania.
"PSDB define apoio à Simone Tebet, em votação finalizada há pouco. O partido segue firme e convicto na construção de uma alternativa a Lula e Bolsonaro por um país mais próspero e unido", lê-se numa nota do PSDB divulgada no Twitter.
O apoio do PSDB confirma que o partido, criado em 1988 e que governou entre 1995 e 2003 sob Fernando Henrique Cardoso, não terá o candidato presidencial próprio pela primeira vez desde a sua fundação.
O antigo governador de São Paulo, João Doria, tinha sido apresentado para concorrer às presidenciais pelo partido, mas fracas percentagens nas intenções de voto fizeram-no desistir.
Nas negociações iniciais, o PSDB e o MDB esperavam contar com o apoio da União Brasil, partido do antigo juiz e ex-ministro da justiça Sergio Moro, que entretanto já apresentou Luciano Bívar, com apenas 1% nas sondagens.
Apesar de Simone Tabet registar apenas 2% nas sondagens, a expectativa da campanha é que, com o novo apoio anunciado, esse valor aumente substancialmente.
O diversificado leque de candidatos de "terceira via" é liderado por Ciro Gomes, um veterano político de centro-esquerda que já tentou sem sucesso a presidência nas eleições de 1998, 2002 e 2018, e que hoje tem cerca de 10% do apoio, faltando pouco menos de quatro meses para as eleições.
As eleições terão lugar em outubro e todas as sondagens atribuem a Lula cerca de 45% nas sondagens, em comparação com 30% para Bolsonaro.
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