Arizona vai executar condenado por homicídios em 1980
Apesar da defesa insistir em testes de ADN que não estavam disponíveis na altura do julgamento, Murray Hooper deve mesmo morrer na prisão.
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Mundo Pena de morte
Mais de 40 anos depois dos homicídios de William Redmond e Helen Phelps, o homem considerado culpado pelos dois homicídios vai ser executado esta quarta-feira no estado norte-americano do Arizona, através da injeção letal.
Murray Hooper, de 76 anos, matou 'Pat' Redmond e a sogra na noite de 31 de dezembro de 1980, com mais dois homens, arrombando a casa e disparando sobre os dois e sobre Marilyn Redmond, a mulher de 'Pat' que sobreviveu a um tiro na cabeça. Os homicidas terão sido contratados para matar Redmond por um outro empresário, Robert Cruz, que queria passar a controlar o negócio de impressões da vítima.
Os dois outros acusados, William Bracy e Edward McCall, foram condenados mas morreram antes da pena de morte ser aplicada. Já Robert Cruz foi ilibado em 1995.
Apesar de ter sido condenado há décadas, a defesa de Murray Hooper critica o processo e, segundo explica a NBC News, pediram para adiar o julgamento para pedir análises de ADN e impressões digitais que podem contribuir para a investigar. A defesa mantém o argumento de que Hooper é inocente, já que não há provas físicas do seu envolvimento nos homicídios.
O julgamento também se deu numa altura em que testes de ADN e impressões digitais não eram processos apoiados por computadores e sistemas informáticos, algo que a defesa também usou no seu pedido.
Os tribunais foram recusando os pedidos, mesmo depois da defesa ter apontado para as várias discordâncias nas descrições de Marilyn Redmond, assim como os benefícios monetários que as testemunhas da acusação receberam.
Murray Hooper será a terceira pessoa a ser executada desde maio. O estado do Arizona é um dos estados que continua a aplicar a pena de morte mas, antes de maio, esteve sete anos sem executar um único condenado. Como os médicos não podem aplicar penas de morte e, em muitos estados, os medicamentos usados para as injeções são ilegais, os estados e as prisões têm dificuldades em proceder às execuções de forma segura e indolor. Muitas vezes, os próprios condenados têm de recorrer a métodos ilegais para poderem morrer de forma digna, incluindo através de familiares que adquirem as substâncias letais pelo México.
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