"O nosso porta-estandarte nestas eleições primárias será o nosso irmão Freddy Superlano", referiu Desiree Barboza, membro da direção nacional da VP, fundada pelo opositor radical Leopoldo Lopez, exilado em Espanha.

Em janeiro de 2019, como presidente do Parlamento venezuelano, Guaidó autoproclamou-se Presidente interino da Venezuela e liderou um "Governo interino", que controlou bens no exterior e promoveu um cerco financeiro internacional ao executivo presidido por Nicolás Maduro.

Guaidó foi considerado pelos Estados Unidos e parte da comunidade internacional como Presidente interino.

No entanto, o apoio a esta 'presidência' diminuiu, pois na prática tornou-se infrutífero.

O chamado "Governo interino" foi dissolvido em janeiro passado, por decisão da maioria dos partidos da oposição que tinham apoiado Guaidó em 2019.

Guaidó deixou a Venezuela no final de abril para a Colômbia, de onde foi deportado para os Estados Unidos.

Um regresso à Venezuela não está atualmente na sua agenda e o opositor disse temer "ter o destino de Navalny" caso voltasse ao seu país, em referência ao opositor russo Alexei Navalny, preso na Rússia.

"No exílio, é difícil defender a candidatura dele. Hoje, ele começa uma nova função. Será mais um porta-voz da tragédia que o nosso país está a viver", sublinhou Barboza.

Freddy Superlano venceu a eleição de novembro de 2021 para governador de Barinas (oeste), reduto histórico do falecido Presidente venezuelano Hugo Chávez, que nasceu lá.

O Supremo Tribunal anulou o resultado, alegando que Superlano era objeto de investigações criminais.

Superlano nomeou então um substituto pouco conhecido, Sergio Garrido, que tinha vencido a nova eleição em janeiro de 2022.

"Quem melhor do que um homem que venceu o chavismo, não uma, mas duas vezes?", apontou Barboza.

As primárias da oposição estão marcadas para 22 de outubro.

Outros políticos, como Henrique Capriles, duas vezes candidato à presidência, Maria Corina Machado, da ala mais radical da oposição, ou Tamara Adrian, ex-deputada transgénero e ativista dos direitos LGBTQ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgéneros e Queers), também formalizaram as suas candidaturas.

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