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ONG denuncia atrocidades em zonas de maioria anglófona nos Camarões

A organização Amnistia Internacional denunciou hoje atrocidades "galopantes" contra a população civil nas regiões de maioria anglófona dos Camarões, mergulhadas num conflito desde 2017, e apelou às autoridades que ponham fim à situação e investiguem os abusos.

ONG denuncia atrocidades em zonas de maioria anglófona nos Camarões
Notícias ao Minuto

15:26 - 04/07/23 por Lusa

Mundo Camarões

O relatório "Com ou contra nós: a população apanhada entre o exército, separatistas armados e milícias no noroeste dos Camarões" expõe crimes cometidos por todas as partes nas regiões noroeste e sudoeste, principalmente desde 2020, e sublinha a necessidade "urgente" de dar proteção àqueles que denunciam estas atrocidades.

A organização não-governamental (ONG) de defesa dos direitos humanos pede às autoridades que investiguem e responsabilizem quem comete estes crimes, incluindo assassínios, tortura e violações.

A diretora da Amnistia Internacional para a África Ocidental e Central, Samira Daoud, sublinhou que "as vítimas destes crimes e violações têm direito à justiça e à reparação" pelos abusos que resultam da crise desencadeada pela violenta repressão das forças de segurança às manifestações contra a marginalização da minoria anglófona.

A pesquisa foi realizada pela ONG através de duas visitas ao país entre novembro de 2022 e março de 2023, nas quais foram entrevistadas mais de cem vítimas, representantes de organizações não-governamentais, jornalistas e elementos da Comissão de Direitos Humanos dos Camarões (CHRC).

A Amnistia Internacional também examina no relatório a cooperação militar entre os Camarões e os seus parceiros internacionais, com foco na origem e desvio de armas.

Vídeos nas redes sociais publicados por grupos separatistas sugerem que algumas das armas usadas nos crimes foram roubadas dos militares, que as obtiveram com apoio estrangeiro.

"Apelamos aos parceiros internacionais dos Camarões, incluindo os governos da França, Reino Unido, Bélgica, Croácia, Israel, Rússia, Sérvia e Estados Unidos, para que realizem avaliações rigorosas de risco em matéria de direitos humanos antes de enviar mais armas e monitorizem o uso final para garantir que a ajuda militar não contribua para mais abusos dos direitos humanos", disse Daoud.

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