Coreia do Sul contra tentativa de acordo militar com Coreia do Norte
O presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, apelou hoje para o fim de qualquer tentativa de cooperação militar com a Coreia do Norte, após notícias sobre um possível encontro entre os líderes norte-coreano e russo.
© TATAN SYUFLANA/POOL/AFP via Getty Images
Mundo Coreias
Fontes da administração norte-americana disseram que o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, deverá viajar em breve para a Rússia para um encontro com o Presidente Vladimir Putin.
O Kremlin (Presidência russa) recusou-se na terça-feira a confirmar um eventual encontro entre Kim e Putin.
Em Jacarta, onde participa na cimeira da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), Yoon alertou para o risco de Pyongyang e Moscovo alcançarem um acordo sobre armas e tecnologia de defesa.
"As tentativas de cooperação militar com a Coreia do Norte, que prejudicam a paz na comunidade internacional, devem ser interrompidas imediatamente", defendeu, citado pela agência sul-coreana Yonhap.
O Presidente sul-coreano pediu aos países membros da ONU para "respeitarem as sanções do Conselho de Segurança contra a Coreia do Norte, incluindo a proibição do comércio ilegal de armas".
Apelou à ASEAN para participar ativamente nos esforços para bloquear as principais fontes de financiamento da Coreia do Norte para o desenvolvimento nuclear e de mísseis, como o roubo de criptomoedas.
Defendeu também "uma resposta firme e unida da comunidade internacional para alcançar a desnuclearização completa da Coreia do Norte à luz da gravidade das ameaças nucleares e de mísseis" de Pyongyang, de acordo com o seu gabinete.
As ameaças da Coreia do Norte "são uma séria ameaça à paz na Península Coreana e na região do Indo-Pacífico, e um desafio direto ao regime internacional de não-proliferação", disse.
No domínio da segurança, Yoon anunciou que a Coreia do Sul irá aumentar a cooperação em matéria de armamento e as consultas no domínio da defesa com os 10 países da ASEAN.
Em simultâneo, Seul vai reforçar a cooperação com o bloco regional em matéria de cibersegurança, de luta contra a criminalidade transnacional e de melhoria da segurança marítima.
Yoon disse que a paz e a estabilidade no Mar da China Meridional são "fundamentais para a prosperidade da região do Indo-Pacífico" e comprometeu-se a apoiar a aplicação do direito marítimo pelos Estados da ASEAN.
Propôs ainda elevar a relação entre a Coreia do Sul e a ASEAN para formar uma parceria estratégica abrangente no próximo ano, que marca o 35.º aniversário do diálogo formal entre as duas partes.
A cimeira da ASEAN decorre em Jacarta, até quinta-feira, por a Indonésia exercer atualmente a presidência rotativa da organização regional.
Além da Indonésia, integram a ASEAN o Brunei, o Camboja, as Filipinas, o Laos, a Malásia, Myanmar (antiga Birmânia), Singapura, a Tailândia e o Vietname.
A organização regional foi criada em 1957, em Banguecoque, com a assinatura de um acordo pelos chefes da diplomacia da Tailândia, Filipinas, Indonésia, Malásia e Singapura.
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