Portugal e Estónia estreitam relações diplomáticas
Portugal e da Estónia consolidaram hoje as relações diplomáticas bilaterais com a assinatura em Lisboa um Memorando de entendimento, e sublinharam as "relações de proximidade" e o entendimento em trono das principais questões de política europeia e internacional.
© Reuters
Mundo Memorando
Na primeira visita dos últimos 21 anos de um chefe da diplomacia estónia a Lisboa, Urmas Paet e o seu homólogo português Rui Machete assinaram no Palácio das Necessidades um memorando sobre a instalação de um diplomata português na embaixada da Estónia em Riga -- a nível da cooperação em processos de co-localização de diplomatas -- que permitirá a nomeação de um encarregado de negócios de Portugal na Letónia no primeiro semestre de 2015, período em que a Letónia assume a presidência do Conselho da União Europeia.
"Esta solução permite uma maior flexibilidade no apoio aos interesses nacionais e aproveitamento dos recursos disponíveis", sublinhou o ministro Rui Machete em conferência de imprensa conjunta e que deu início à visita oficial, em que também foram analisadas questões de âmbito económico.
Numa referência aos assuntos europeus em destaque, os dois responsáveis sublinharam a assinatura esta manhã, em Bruxelas, dos acordos de associação e comércio livre entre a União Europeia (UE) e a Ucrânia, Moldávia e Geórgia, e que já mereceu as críticas de Moscovo.
"É muito importante que estes países possam fazer as suas escolhas livremente, sem quaisquer lógicas de competição política ou de confrontação. O nosso objetivo permanece o de uma Europa de paz e desenvolvimento económico, extensível a todos", sublinhou a propósito Rui Machete.
Sobre a situação na Ucrânia, foi manifestado apoio ao plano de pacificação do Presidente Petro Poroshenko, com o governante português a pugnar pelo "fim do apoio às forças desestabilizadoras do leste da Ucrânia" e a "predisposição russa para discutir com as novas autoridades ucranianas uma solução para a península da Crimeia".
Neste contexto, e na sua breve intervenção, Urmas Paet fez referência à "boa notícia da manhã de hoje", sobre a libertação de diversos membros da missão de observadores da OSCE na Ucrânia, incluindo um estónio, e pugnou para que os restantes quatro, detidos pelos rebeldes federalista pró-russos no leste "sejam libertados em breve".
Rui Machete recordou ainda que a situação de segurança na Europa constitui "preocupação muito especial dos três Estados do Báltico, membros da UE e da Aliança Atlântica, e frisou que Portugal "vai participar e mesmo liderar a missão de policiamento da NATO do espaço aéreo dos países bálticos, mobilizando seis aviões de combate F-16."
Após saudar o acordo firmado hoje entre a UE e Kiev, Chisinau e Tbilisi, o chefe da diplomacia de Tallinn também valorizou a participação portuguesa na missão de vigilância aérea no Báltico, e desafiou o país "participar no centro 'Cyber defense' localizado na Estónia".
A atual ligação aérea direta entre Lisboa e Tallinn assegurada pela TAP também mereceu um reparo de Urmas Paet, por contribuir para o reforço das relações entre os dois países e o incremento do turismo.
A situação no Sahel, em particular na Líbia, e as crises na Síria e Iraque "com a crescente ameaça dos movimentos radicais islâmicos como o ISIL", num contexto em que a NATO prepara a retirada do Afeganistão, também foram aspetos sublinhados e que não deixaram de ser abordados no almoço de trabalho.
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