Presidente do Uganda anuncia morte de 200 rebeldes das ADF na RDCongo
O Presidente do Uganda, Yoweri Museveni, anunciou hoje que cerca de 200 membros dos rebeldes das ADF, filiados no grupo fundamentalista Estado Islâmico, foram mortos em ataques aéreos conduzidos pelo Uganda em setembro na República Democrática do Congo (RDCongo).
© Reuters
Mundo Uganda
Originalmente rebeldes ugandeses de maioria muçulmana, as Forças Democráticas Aliadas (ADF, na sigla em inglês) estão ativas desde meados da década de 1990 no leste da RDCongo, onde mataram milhares de civis.
Em 2019, juraram fidelidade ao grupo fundamentalista, que agora reivindica algumas das suas ações e as apresenta como sendo efetuadas na sua "província da África Central".
"Realizámos ataques aéreos contra os terroristas na RDCongo", declarou o Presidente Yoweri Museveni no rede social X (antigo Twitter), antes de afirmar que "cerca de 200 deles foram mortos" nos ataques realizados em 16 de setembro.
Desde setembro, foram realizados outros ataques, disse Museveni, sem dar mais pormenores.
Contactado pela AFP, o porta-voz do exército ugandês, Felix Kulayigye, afirmou que o Presidente se referia aos rebeldes das ADF.
Estes rebeldes são acusados de terem massacrado milhares de civis na RDCongo nos últimos anos e de terem efetuado ataques fundamentalistas islâmicos em território ugandês.
O Uganda e a RDCongo lançaram uma ofensiva conjunta em 2021 para expulsar as ADF dos seus redutos democrático-congoleses, mas até à data não conseguiram pôr termo aos ataques do grupo.
No início de março, os Estados Unidos anunciaram que ofereciam uma recompensa de até 5 milhões de dólares (4,6 milhões de euros) por qualquer informação que levasse ao seu líder, um ugandês na casa dos 40 anos chamado Musa Baluku.
Em outubro, dois turistas, um britânico e uma sul-africana em lua-de-mel, e o seu guia ugandês foram mortos no Queen Elizabeth Park (oeste) num atentado reivindicado pelo grupo fundamentalista Estado Islâmico.
O líder das ADF, acusado dos assassínios, foi detido no início de novembro por Kampala.
Em junho, 42 pessoas, incluindo 37 alunos, foram mortas numa escola secundária no oeste do Uganda, num ataque atribuído aos fundamentalistas.
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