Biden no Nevada, Arizona e Texas para conquistar o voto latino
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, iniciou hoje uma digressão de três dias pelo Nevada, Arizona e Texas para conquistar o voto latino, que pode decidir as eleições presidenciais de novembro próximo, noticiou a EFE.
© Hannah Beier/Bloomberg via Getty Images
Mundo Presidenciais
O chamado voto latino foi fundamental para a vitória eleitoral de Biden, em 2020, sobre o ex-presidente republicano Donald Trump.
Neste périplo, a primeira paragem de Biden foi em Reno, Nevada, onde o atual presiente visitou uma das sedes do Partido Democrata e onde as paredes estavam cobertas de cartazes com o seu nome e o da vice-presidente e companheira de candidatura, Kamala Harris.
Perante cerca de 50 apoiantes, Biden destacou as suas políticas para a classe média com medidas para reduzir o custo dos medicamentos, como a insulina, alargar a cobertura médica e combater as alterações climáticas, bem como criar emprego.
Na ocasião, Biden criticou ainda os comentários que Trump fez num comício em fevereiro, quando advertiu que, se dependesse dele, deixaria a Rússia "fazer o que quisesse", incluindo atacar membros da NATO.
Depois de visitar Reno, Biden dirigiu-se a Las Vegas para fazer um discurso sobre as suas políticas económicas e depois a South Phoenix (Arizona), uma zona maioritariamente latina, sobretudo de origem mexicana. Ali, lançou a iniciativa "Latinos com Biden", um programa nacional para mobilizar os eleitores hispânicos em todo o país.
Esse programa consistirá em eventos online e presenciais para recrutar voluntários para irem de porta em porta às urnas e pedir aos eleitores que falem com a família e os amigos sobre as eleições presidenciais e o voto em Biden.
As paragens no Arizona e no Nevada são particularmente relevantes porque são Estados decisivos onde Biden derrotou Trump por pouco em 2020, podendo decidir quem será o próximo ocupante da Casa Branca.
A diferença entre um candidato e o outro pode resumir-se ao voto hispânico. De acordo com dados de pesquisa, os hispânicos representam 25% do eleitorado no Arizona e 22% no Nevada.
Biden tem vindo a criticar a retórica anti-imigração de Trump, que afirmou que os migrantes "envenenam" o sangue dos Estados Unidos e não exclui a possibilidade de voltar a separar famílias na fronteira.
"Temos de deter este tipo. Não podemos deixar isso acontecer. Somos uma nação de imigrantes", disse Biden à Univision.
Depois de visitar Nevada e Arizona, Biden viajará para o Texas, onde realizará vários eventos de campanha e arrecadação de fundos na quarta e quinta-feira.
O Texas é considerado um reduto do Partido Republicano, mas os democratas tentam há anos transformá-lo num Estado decisivo, aproveitando sua crescente diversidade demográfica, com os latinos representando agora 33% do eleitorado.
Em termos nacionais, estima-se que 36,2 milhões de hispânicos estarão aptos a votar este ano, contra 32,3 milhões em 2020.
Nas eleições de 2020, 38% dos latinos apoiaram Trump, mais 10 pontos do que em 2016, mas a maioria (59%) optou pelo atual presidente, Joe Biden.
Historicamente, a comunidade hispânica vota em proporções mais baixas do que outros grupos, pelo que o desafio de Biden é apelar às questões de maior importância para esse eleitorado e, assim, conseguir uma afluência maciça às urnas.
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