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Israel insiste em risco de ataques do Irão mas não alerta população

O Exército de Israel insistiu hoje mais uma vez na existência de um risco real de o Irão realizar ataques em território nacional, mas indicou não ter ainda dado instruções de alerta à população.

Israel insiste em risco de ataques do Irão mas não alerta população
Notícias ao Minuto

20:41 - 11/04/24 por Lusa

Mundo Exército

"Não há alterações às instruções do Comando da Frente Interna", declarou o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), Daniel Hagari, sublinhando que o país se encontra "em alerta" e está "muito preparado" para vários cenários possíveis, noticiou o diário The Times of Israel.

"Estamos em alerta e muito preparados para diversos cenários e avaliamos constantemente a situação. Estamos prontos para o ataque e a defesa, utilizando uma variedade de capacidades que as FDI têm, e também prontos com os nossos parceiros estratégicos", afirmou.

Hagari avisou também o Irão de que, em caso de acabar por efetuar um ataque a Israel, tal será "uma prova clara" das suas intenções de "agravar a situação no Médio Oriente" e "deixar de se esconder" atrás dos seus aliados.

"Temos uma capacidade de defesa [aérea] de múltiplos níveis que demonstrou a sua eficácia no contexto da guerra, com milhares de interceções bem-sucedidas (...). Mas a defesa nunca será hermética", afirmou o porta-voz militar israelita.

A 07 de outubro do ano passado, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de proporções sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.163 mortos, na maioria civis, e 250 reféns, cerca de 130 dos quais permanecem em cativeiro e 34 terão entretanto morrido, segundo o mais recente balanço das autoridades israelitas.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que hoje entrou no 188.º dia, continuando a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, e fez até agora na Faixa de Gaza mais de 33.500 mortos, pelo menos 76.000 feridos e cerca de 7.000 desaparecidos presumivelmente soterrados nos escombros, na maioria civis, de acordo com o último balanço das autoridades locais.

O conflito fez também quase dois milhões de deslocados, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa "situação de fome catastrófica" que já está a fazer vítimas - "o número mais elevado alguma vez registado" pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.

Leia Também: Israel anuncia "nova fase" das "operações humanitárias" na Faixa de Gaza

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