Moscovo ataca com munições de fragmentação para matar vários civis
A Ucrânia acusou hoje a Rússia de querer matar um elevado número de civis, após um ataque em Odessa com munições de fragmentação que matou cinco pessoas e feriu outras 30, além de destruir um edifício histórico.
© Getty Images/ Oleksandr GIMANOV / AFP
Mundo Kyiv
O ataque, com um míssil Iskander carregado com munições de fragmentação, atingiu na segunda-feira as imediações do edifício conhecido como 'o castelo do Harry Potter".
Para além de incendiar o castelo, situado no bairro turístico de Arcadia desta cidade portuária no sudoeste da Ucrânia, e pertencente a uma fundação universitária, as explosões de munições de fragmentação danificaram outros edifícios na zona.
"O ataque foi levado a cabo com um míssil balístico Iskander com munições de fragmentação na ogiva. É um armamento indiscriminado", lê-se num comunicado do Ministério Público ucraniano, que acrescenta que foram encontrados fragmentos de metal e partes do míssil num raio de 1,5 quilómetros.
O Ministério Público acrescenta que "há razões para acreditar que a decisão de utilizar este armamento" no ataque da Rússia tinha como objetivo "matar o maior número possível de civis ucranianos".
Juntamente com a declaração, a procuradoria distribuiu um vídeo que mostra as explosões das múltiplas submunições ou fragmentos de bombas que dão nome às munições de fragmentação.
As munições de fragmentação são frequentemente utilizadas para destruir vários alvos situados a alguma distância uns dos outros. Este tipo de munição é normalmente utilizado para atingir formações de tanques ou de infantaria e danificar ou derrubar o maior número de veículos blindados ou de caças espalhados numa determinada área.
De acordo com o especialista militar de Odessa Alexander Kovalenko, esta é a primeira vez que a Rússia utiliza munições de fragmentação contra a cidade.
"A ideia deste tipo de munições é atingir uma vasta área, que foi o que aconteceu ontem [segunda-feira] em Odessa, só que o ataque não visava alvos militares mas sim civis", escreveu Kovalenko nas suas redes sociais.
O perito disse que não havia alvos militares na área.
A Rússia tem atacado incansavelmente cidades ucranianas há meses e avançado na frente oriental da Ucrânia, que ainda aguarda a chegada das armas prometidas pelos Estados Unidos.
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