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Charles Michel informado de consenso sobre Costa, Von der Leyen e Kallas

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, foi informado hoje sobre o consenso preliminar relativo aos nomes de António Costa, Ursula von der Leyen e de Kaja Kallas para os cargos de topo da União Europeia no próximo mandato.

Charles Michel informado de consenso sobre Costa, Von der Leyen e Kallas
Notícias ao Minuto

16:42 - 25/06/24 por Lusa

Mundo Conselho Europeu

A informação foi avançada à agência Lusa por um alto funcionário europeu, que indicou que "o presidente [do Conselho Europeu, Charles Michel] foi informado esta manhã" sobre o consenso relativo aos nomes para os cargos de topo da União Europeia (UE) no próximo ciclo institucional, após a proposta ter sido apresentada pelos negociadores no passado dia 17 de junho.

"Não há comentários sobre o acordo [preliminar e político agora alcançado pelos negociadores dos partidos políticos], estamos concentrados na preparação da reunião do Conselho Europeu", na qual serão discutidos estes nomes, disse um outro alto funcionário comunitário à Lusa.

A reação surge depois de os seis chefes de Governo e de Estado da UE que, no Conselho Europeu, negociam os cargos de topo, incluindo a nomeação de António Costa para a liderança da instituição que junta os líderes europeus, terem chegado a um acordo preliminar, segundo avançaram fontes europeias à Lusa.

Após uma primeira tentativa falhada para acordo no jantar informal de líderes da UE a 17 de junho passado, estes negociadores (de centro-direita, socialistas e liberais) têm estado em conversações sobre os cargos de topo europeus no próximo ciclo institucional, tendo agora dado aval político preliminar ao nome de António Costa para a liderança do Conselho Europeu, ao de Ursula von der Leyen para um segundo mandato na Comissão Europeia e ao da primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, para chefe da diplomacia comunitária.

Os negociadores são, pelo Partido Popular Europeu, o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, e o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk; pelos Socialistas, o chefe de Governo espanhol, Pedro Sánchez, e o chanceler alemão Olaf Scholz; e pelos Liberais, o Presidente francês, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro neerlandês, Mark Rutte.

Este é, porém, um aval dos partidos e não final, que só poderá ser confirmado na cimeira de líderes no final desta semana em Bruxelas, marcada para quinta-feira e sexta-feira.

Uma fonte partidária europeia ligada às discussões afirmou à Lusa esperar uma "cimeira fácil e curta", na qual haverá então a confirmação da 'luz verde' a estes nomes, frisando que todas as forças políticas estão "felizes" com a distribuição, após uma "negociação racional".

Previsto está, de acordo com a mesma fonte, que se dê um aval a apenas a dois anos e meio na presidência do Conselho Europeu, um cargo que será para o socialista António Costa, deixando em aberto a discussão para o resto do mandato, "como está previsto nos Tratados", isto depois de o centro-direita ter reclamado metade.

A mesma fonte conhecedora das negociações adiantou que a primeira-ministra italiana, a conservadora Giorgia Meloni, "tem interesse em ser construtiva" e em apoiar o consenso sobre os nomes agora alcançado, devendo depois ficar com "uma boa posição para o seu comissário".

A distribuição dos cargos de topo da UE tem em conta os resultados das eleições europeias, mas também a distribuição geográfica e o género.

Apesar da sua demissão na sequência de investigações judiciais, o ex-primeiro-ministro português António Costa continua a ser apontado para suceder ao belga Charles Michel (no cargo desde 2019) na liderança do Conselho Europeu, a instituição da UE que junta os chefes de Governo e de Estado do bloco europeu, numa nomeação que é feita pelos líderes europeus, que decidem por maioria qualificada (55% dos 27 Estados-membros, que representem 65% da população total).

É também o Conselho Europeu que propõe o candidato a presidente da Comissão Europeia, instituição que tem vindo a ser liderada desde 2019 por Ursula von der Leyen, num aval final que cabe depois ao Parlamento Europeu, que vota por maioria absoluta (metade dos 720 eurodeputados mais um).

Leia Também: Scholz "está a trabalhar" para nomeação de Costa no Conselho Europeu

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