Descobertas o bombas na parede da mesquita al-Nuri, em Mossul
Escondidas há sete anos pelo grupo Estado Islâmico (EI), cinco bombas foram descobertas numa parede da mesquita al-Nuri, uma joia do património iraquiano em restauração na metrópole de Mossul, informou a Unesco à AFP.
© Reuters
Mundo Estado Islâmico
"Trata-se de um dispositivo verdadeiramente maciço, concebido para derrubar toda a mesquita", declarou a agência da ONU na sexta-feira à noite, quando questionada pela AFP.
Mas "a situação está completamente sob controlo, não há qualquer risco para a população nas imediações e os engenhos explosivos deverão ser desmantelados nos próximos dias".
A mesquita e o seu minarete do século XII - apelidado de "corcunda" (Al-Hadba) pelos habitantes locais porque se inclina ligeiramente - foram destruídos em junho de 2017: o Exército iraquiano, em vias de reconquistar toda a cidade de Mossul, tinha acusado o EI de colocar explosivos nesta joia da cidade velha.
Os "cinco engenhos por explodir" foram descobertos na terça-feira, "no interior da parede sul da sala de oração", segundo a UNESCO.
"Um deles foi desativado, mas os outros quatro estão interligados e ainda não foram descativados nesta fase", declarou a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.
Questionado pela AFP, o general Tahseen Al Khafaji, porta-voz do Comando de Operações Conjuntas das forças de segurança iraquianas, confirmou a descoberta de "vários engenhos explosivos pertencentes ao EI na mesquita de al-Nouri".
Por razões de segurança, os trabalhos no local foram suspensos até que as bombas sejam neutralizadas.
Os explosivos foram encontrados quando as equipas sondavam o muro para preparar os trabalhos de desmantelamento e reconstrução do Mihrab, o nicho que indica a direção de Meca.
A mesquita Al-Nuri deve o seu nome a Noureddine al-Zinki, o unificador da Síria que também governou Mossul durante algum tempo e que ordenou a sua construção em 1172. Foi destruída e reconstruída em 1942, no âmbito de um projeto de renovação.
Al-Hadba, que conservou a sua estrutura durante 850 anos, foi um dos únicos vestígios do edifício original.
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