Canadá retira filhos de diplomatas em Israel
O Canadá anunciou ter retirado os filhos do pessoal diplomático em Telavive devido à "situação de segurança imprevisível" e ao receio de uma eventual retaliação pelos recentes assassínios atribuídos a Israel.
© Lusa
Mundo Canadá
O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Canadá afirmou, na quinta-feira, que "tomou a difícil decisão de transferir os menores dependentes de funcionários canadianos em Telavive", de acordo com um comunicado.
"Os menores e os tutores legais da Embaixada do Canadá em Israel chegaram a um terceiro país e estão todos em segurança", acrescentou.
O Ministério lembrou ainda que desde 03 de agosto tem aconselhado os canadianos a não viajarem para Israel ou para a Cisjordânia ocupada devido à deterioração da segurança na região.
A decisão do Canadá surgiu numa altura em que Israel se prepara para uma possível retaliação do Hezbollah pela morte do chefe militar do grupo xiita libanês Fuad Shukr, num ataque israelita nos arredores de Beirute, a 30 de Julho.
Também o Irão ameaçou retaliar contra Israel devido ao assassínio, na última semana de julho, na capital iraniana, do então líder político do movimento islamita palestiniano Hamas Ismail Haniyeh. Teerão atribuiu a autoria do ataque a Telavive.
O Comando Central dos Exército dos Estados Unidos (CENTCOM) confirmou na quinta-feira o envio de aviões de combate F-22 para a zona de operações, que inclui o Golfo Pérsico, justificada pela necessidade de responder a eventuais ameaças do Irão e aliados.
O Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa em território israelita no qual morreram cerca de 1.200 pessoas e perto de 250 foram sequestradas, de acordo com uma contagem da agência de notícias France-Presse baseada em números oficiais israelitas.
Perto de 100 reféns israelitas foram libertados no final de novembro, numa trégua em troca de prisioneiros palestinianos, e 132 continuam em Gaza, 28 dos quais terão morrido.
Em resposta ao ataque, Israel declarou guerra ao Hamas, classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza, ao mesmo tempo que impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
A ofensiva israelita provocou pelo menos 39.700 mortos e mais de 91.700 feridos, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, no poder na Faixa de Gaza desde 2007.
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