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Centro de Moçambique novamente em alerta face a temperaturas até 41 graus

O Instituto Nacional de Meteorologia de (INAM) moçambicano alertou para uma vaga de "calor intenso" que vai afetar hoje três províncias do centro do país, pelo segundo dia consecutivo, agora com os termómetros a atingirem 41 graus centígrados.

Centro de Moçambique novamente em alerta face a temperaturas até 41 graus
Notícias ao Minuto

10:57 - 29/08/24 por Lusa

Mundo Calor

 

O alerta emitido pelo INAM, que se segue a um outro do género emitido na quarta-feira, para sete províncias do centro e sul, sendo o de hoje válido até às 16:00 (15:00 em Lisboa). Identifica, no centro do país, como "áreas de risco" para esta quinta-feira, sete distritos da província de Sofala, oito de Manica e seis de Tete, incluindo a cidade capital de província.

Neste alerta, o INAM refere que, devido à "persistência da advecção de ar quente e seco para o interior de Moçambique", prevê para hoje a "continuação do calor intenso, com temperaturas máximas variando de 35 a 41 graus celsius" nos distritos identificados.

"Face ao desconforto causado pelo tempo previsto, recomenda-se a tomada de medidas de precaução de segurança", sublinha o INAM.

Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas no mundo, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre outubro e abril.

O período chuvoso de 2018/2019 foi dos mais severos de que há memória em Moçambique: 714 pessoas morreram, incluindo 648 vítimas dos ciclones Idai e Kenneth, dois dos maiores de sempre a atingir o país.

Já no primeiro trimestre do ano passado, as chuvas intensas e a passagem do ciclone Freddy provocaram 306 mortos, afetaram no país mais de 1,3 milhões de pessoas, destruíram 236 mil casas e 3.200 salas de aula, segundo dados oficiais do Governo.

No final de setembro, o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, apelou à preparação da população e das entidades para os previvíeis efeitos do fenómeno 'El Ninõ' no país nos meses seguintes, com previsões de chuvas acima do normal e focos de seca.

"A história repete-se. Então, temos de criar condições de resiliência. Nesse sentido, o Governo emitirá avisos regulares para manter a população informada e preparada para as condições climáticas que podem não ser favoráveis à vida, à produção ou às infraestruturas", disse o chefe de Estado.

Leia Também: Seca empurra 33% dos moçambicanos para insegurança alimentar

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