G20 avança para documento chave sobre alterações climáticas
O G20, fórum formado pelas maiores economias do mundo, terá um documento ministerial pronto com iniciativas e recomendações para ajudar a conter as alterações climáticas antes da COP29 em Baku, indicaram hoje fontes oficiais.
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Mundo G20
O documento final será aprovado em Washington, durante a reunião conjunta dos ministros das Finanças e das Alterações Climáticas do G20, que terá lugar entre 23 e 25 de outubro.
Embora não seja uma posição oficial do G20 na cimeira sobre o clima, o texto servirá de referência para as discussões em Baku, em novembro próximo.
O documento base pode até estar pronto hoje, no final da quarta reunião do Grupo de Trabalho para a Mobilização Global contra as Alterações Climáticas, que se encontra reunido no Rio de Janeiro, mas só será aprovado em Washington.
A missão deste grupo, que foi uma das iniciativas do Brasil enquanto presidente do G20, é propor alterações sistémicas, com ênfase nas questões económicas e financeiras, para enfrentar as alterações climáticas com base nos Acordos de Paris.
Sem dar muitos detalhes sobre o conteúdo, os coordenadores do grupo de trabalho disseram, em conferência de imprensa, que a ideia é propor iniciativas e ferramentas que possam ser utilizadas pelos países membros para atingir esse objetivo, através de uma melhor gestão dos recursos públicos e privados.
Mecanismos para atrair investimentos, a implementação de planos de ação e adaptação para fazer face aos efeitos das alterações climáticas e uma plataforma através da qual os países possam procurar financiamento para projetos verdes são alguns dos exemplos referidos pelos coordenadores.
Uma das maiores conquistas foi conseguir a comunicação entre as instituições financeiras e as que trabalham com questões climáticas em cada um dos países membros, diálogo que não existia em muitas nações, segundo Cyntia Azevedo, chefe adjunta do Departamento de Relações Externas do Banco Central do Brasil.
O G20 é constituído pelas principais economias do mundo: Estados Unidos, China, Alemanha, Rússia, Reino Unido, França, Japão, Itália, índia, Brasil, África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Canadá, Coreia do Sul, Indonésia, México, Turquia, e ainda pela União Europeia e União Africana.
O Brasil, que exerce a presidência do G20 desde o primeiro dia de dezembro de 2023, convidou Portugal, Angola, Egito, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Nigéria, Noruega e Singapura para observadores da organização, assim como a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
As prioridades do Governo brasileiro para esta presidência do G20 são o combate à fome, à pobreza e à desigualdade, o desenvolvimento sustentável e a reforma da governança global.
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