NATO conclui 6.ª-feira manobras contra drones com participação da Ucrânia
A NATO conclui na sexta-feira, 20 de setembro, as suas manobras contra 'drones' (aeronaves não-tripuladas) que, pela primeira vez, contaram com a participação da Ucrânia, bem como de atores do setor privado e da comunidade da investigação.
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Mundo NATO
Com mais de 450 participantes de 19 aliados diferentes, os exercícios, em curso nos Países Baixos desde 10 de setembro, serviram para testar mais de 60 sistemas e tecnologias anti-'drone', como sensores, sistemas 'drone' contra 'drone', bloqueadores de sinal e intercetores.
Segundo a NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental), esta é a primeira participação ativa da Ucrânia em manobras da aliança e inclui-se no plano de cooperação e inovação entre a organização e Kyiv em resposta à invasão russa do país vizinho, em fevereiro de 2022.
Estas manobras são uma "oportunidade única" para abordar aspetos como a autonomia e interoperabilidade dos 'drones', ao mesmo tempo que a Ucrânia deu a conhecer a sua experiência no campo de batalha de combate a 'drones' de pequenas dimensões.
O território ucraniano tem, nas últimas semanas, sido palco de uma onda de ataques aéreos russos, cujos principais alvos são as infraestruturas essenciais e as instalações de centrais elétricas.
A defesa contra 'drones' foi incluída na estratégia da NATO para melhorar a preparação, a capacidade de resposta e a integração da defesa aérea, com o objetivo de impulsionar a conceção e a aplicação de uma arquitetura de defesa aérea para a Ucrânia.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após o desmoronamento da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.
Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontaram-se com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se.
Nas últimas semanas, as tropas russas, mais numerosas e mais bem equipadas, prosseguiram o seu avanço na frente oriental, apesar da ofensiva ucraniana na Rússia, na região fronteiriça de Kursk.
As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território.
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