Papa condena "terrível escalada" da violência no Líbano
O Papa Francisco denunciou hoje a "terrível escalada" da violência no conflito entre Israel e o movimento xiita Hezbollah no Líbano, qualificando-a de inaceitável, e apelou à comunidade internacional para fazer todos os esforços para encerrar o conflito.
© Lusa
Mundo Vaticano
"Estou triste com as notícias vindas do Líbano, onde intensos bombardeamentos causaram inúmeras vítimas e destruição nos últimos dias. Espero que a comunidade internacional faça todos os esforços possíveis para colocar um fim a esta terrível escalada", declarou o Papa.
"Expresso o meu apoio ao povo libanês que já sofreu muito no passado recente", acrescentou Francisco, apelando à oração "por todas as pessoas que sofrem por causa da guerra".
Desde segunda-feira que intensos ataques israelitas têm como alvo redutos do Hezbollah, o poderoso movimento xiita pró-iraniano, no sul e leste do Líbano, assim como nos subúrbios a sul de Beirute.
O Hezbollah disparou hoje um míssil balístico contra Israel, afirmando que tinha como alvo a sede da Mossad, o serviço de informações israelita, perto de Telavive, uma novidade segundo o exército israelita.
Os chefes da diplomacia do Egito, Iraque e Jordânia acusaram também hoje Israel de estar a "empurrar a região para uma guerra total", condenando os ataques israelitas.
As autoridades libanesas aumentaram para 564 o número de mortos em dois dias de ataques aéreos israelitas contra o Hezbollah, responsável pelo lançamento de centenas de 'rockets' contra o norte de Israel.
Os militares israelitas afirmam que vão fazer "tudo o que for necessário" para afastar o Hezbollah (Partido de Deus) da fronteira do Líbano com Israel.
Israel e o Hezbollah têm intensificado a troca de tiros desde o início da guerra entre os israelitas e o grupo islamita palestiniano Hamas em Gaza, em outubro de 2023. O movimento libanês, pró-iraniano, apoia o Hamas no conflito contra Israel.
Desde a segunda-feira, os ataques israelitas levaram milhares de pessoas a fugirem do sul do Líbano, bloqueando a principal autoestrada para Beirute, no maior êxodo desde a guerra de 2006 entre Israel e o Hezbollah.
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