Polónia alerta para aumento da pressão migratória junto à Bielorrússia
O ministro da Defesa da Polónia, Wladyslaw Kosiniak-Kamysz, alertou hoje sobre o aumento da pressão migratória na fronteira com a Bielorrússia, país que acusou de utilizar esta crise de migrantes em retaliação às sanções impostas pela União Europeia (UE).
© Foto Olimpik/NurPhoto via Getty Images
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"A situação é grave. A pressão na fronteira aumentou nas últimas semanas", declarou Kosiniak-Kamysz.
"Depois de julho e agosto, que foram meses relativamente calmos, setembro trouxe um aumento do número de passagens ilegais na fronteira", disse o ministro da Defesa polaco.
Kosiniak-Kamysz explicou que somente em setembro foram registados pelo menos 2.500 casos de tentativas de travessias para a Polónia, que se somam às 26.000 registadas nestes nove meses de 2024, atingindo os números que foram registados no ano passado, noticia a agência polaca PAP.
"Vamos combater isto sem piedade. Isto é uma violação da lei e uma ameaça à segurança do Estado", disse Kosiniak-Kamysz, recordando que nos últimos meses o flanco oriental foi reforçado com cerca de 17 mil soldados.
"Só assim poderemos proteger a nossa fronteira", disse o ministro da Defesa.
Desde 2021 que a Polónia tem acusado repetidamente a Bielorrússia por utilizar a crise dos refugiados na fronteira para pressionar o país em retaliação pelas sanções lançadas pela União Europeia (UE) contra o Governo do Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, após a sua polémica reeleição nas presidenciais de 2020.
No entanto, a invasão russa na Ucrânia, a situação na fronteira agravou-se ainda mais, com a Polónia a insistir nas suas queixas contra a Bielorrússia -- conhecido país aliado da Rússia - por tentar desestabilizar os aliados de Kiev.
Os confrontos na fronteira entre migrantes e as forças de segurança polacas atingiram o seu auge no início de junho, quando foi confirmada a morte de um militar após vários dias no hospital devido a um esfaqueamento.
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