China apela à NATO para que "reflita sobre impacto na segurança europeia"
A China apelou hoje à NATO para que "reflita profundamente sobre o impacto das suas ações na arquitetura de segurança europeia", após o secretário-geral da organização, Mark Rutte, ter lamentado que Pequim possa "sabotar" a segurança da Aliança Atlântica.
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Numa conferência de imprensa, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, exortou a Aliança a refletir sobre "as consequências de provocar confrontos entre as partes".
"Esperamos que a NATO corrija as suas perceções erradas sobre a China", acrescentou, descrevendo o seu país como "a potência com o melhor historial de paz e segurança".
"O desenvolvimento da China significa um aumento das forças de manutenção da paz e dos fatores de estabilidade", afirmou a porta-voz.
Rutte disse na quinta-feira que a China não pode continuar a apoiar a Rússia na sua invasão da Ucrânia sem repercussões para os seus interesses e reputação.
"A China tornou-se um facilitador decisivo da guerra da Rússia contra a Ucrânia. E não pode continuar a alimentar o maior conflito na Europa desde a Segunda Guerra Mundial sem repercussões para os seus interesses e reputação", sublinhou o secretário-geral da NATO, numa conferência de imprensa, no final do primeiro dia de uma reunião dos ministros da Defesa dos países aliados.
Rutte lamentou que "países a milhares de quilómetros de distância - tão distantes como o Irão, a China e até a Coreia do Norte - possam tornar-se sabotadores da segurança" do espaço de influência da Aliança.
Desde o início da guerra na Ucrânia, a China tem mantido uma posição ambígua, na qual tem apelado ao respeito pela "integridade territorial de todos os países", incluindo a Ucrânia, e à atenção às "preocupações legítimas de todos os países", em referência à Rússia.
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