Seul convoca o embaixador russo devido ao envio de tropas norte-coreanas
A Coreia do Sul convocou hoje o embaixador russo em Seul para manifestar descontentamento com a decisão de Pyongyang de enviar milhares de soldados para apoiar Moscovo na guerra com a Ucrânia, segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
© David MAREUIL/Anadolu Agency/Getty Images
Mundo Coreia do Sul
O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Kim Hong-kyun, expressou, em comunicado, as "graves preocupações" de Seul sobre o recente envio de tropas norte-coreanas para a Rússia e exigiu firmemente a retirada imediata das forças norte-coreanas e a cessação da cooperação nesta área.
Kim Hong-kyun, transmitiu a posição do Governo de Yoon Suk-yeol durante um encontro com o embaixador russo, Georgy Zinoviev, segundo a agência Yonhap, citando fontes diplomáticas.
Zinoviev confirmou aos meios de comunicação social, à saída do Ministério dos Negócios Estrangeiros em Seul, que se encontrou com Kim, mas recusou responder a mais perguntas.
Na sexta-feira, o Serviço Nacional de Informações da Coreia do Sul (NIS) garantiu que Pyongyang pretende enviar cerca de 12 mil soldados para a Ucrânia e que 1.500 já foram transferidos na semana passada para instalações militares russas nas regiões de Primorye, Khabarovsk e Amur, no Extremo Oriente.
O NIS publicou imagens de satélite que mostram o movimento de navios de transporte da Marinha Russa entre a costa nordeste da Coreia do Norte e a cidade portuária russa de Vladivostok, bem como concentrações de militares norte-coreanos em bases militares no Extremo Oriente.
Por seu lado, as autoridades ucranianas informaram que Moscovo planeia enviar cerca de 10.000 soldados norte-coreanos para a região de Kursk a partir de 01 de novembro para conter os avanços ucranianos.
Moscovo considerou as acusações uma farsa, enquanto Pyongyang ignorou a questão por enquanto.
Os analistas consideram que este acordo entre a Coreia do Norte e a Rússia está em linha com o tratado de parceria estratégica bilateral assinado em junho e que apela à assistência militar mútua no caso de um dos dois países ser atacado.
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