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Base na NATO no Báltico? Alemanha nega acusação russa de violar tratado

A Alemanha recusou hoje que a abertura da nova base da NATO no Mar Báltico viole qualquer disposição do tratado que firma o estatuto internacional do país desde a reunificação, na sequência de acusações da Rússia.

Base na NATO no Báltico? Alemanha nega acusação russa de violar tratado
Notícias ao Minuto

21:34 - 22/10/24 por Lusa

Mundo NATO

Convocado hoje pela Rússia, o embaixador alemão em Moscovo "negou claramente" qualquer violação do tratado "dois mais quatro", assinado em 12 de setembro de 1990, adiantou à Agence France-Presse (AFP) um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros germânico.

 

A Rússia considera que a base naval em Rostock, cidade no nordeste da Alemanha, nas margens do Báltico, viola as disposições de um tratado que estabelece o estatuto internacional da Alemanha após a sua reunificação e que proíbe o estacionamento e o envio de tropas estrangeiras no território da antiga RDA.

"Washington, Bruxelas e Berlim devem saber que a expansão das infraestruturas militares da NATO no território da antiga República Democrática Alemã (RDA) terá as consequências mais negativas e não ficará sem resposta", vincou a diplomacia russa, em comunicado hoje emitido.

Segundo Moscovo, esta abordagem das autoridades alemãs "é uma continuação da revisão progressiva dos resultados da Segunda Guerra Mundial e da militarização do país" e visa coordenar os esforços dos estados-membros da NATO contra o país presidido por Vladimir Putin.

A diplomacia russa estabeleceu um paralelo com a "remilitarização da Renânia pela Alemanha em 1936", um episódio-chave na marcha da Alemanha nazi rumo à Segunda Guerra Mundial, acusando o Ocidente de não ter aprendido as lições da História.

Na segunda-feira, o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, inaugurou um novo quartel-general tático da Marinha alemã que vai servir a NATO.

"Esta sede desempenhará um papel importante na coordenação das atividades marítimas da NATO no Mar Báltico e na integração dos nossos mais recentes membros, a Finlândia e a Suécia", explicou Pistorius.

O novo posto de comando será responsável, entre outras coisas, pelo planeamento de manobras conjuntas e estará pronto para dirigir as operações navais em tempos de paz, crise e guerra.

Leia Também: Rússia convoca embaixador alemão sobre base da NATO no Mar Báltico

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