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Milhares de polícias polacos de baixa médica como forma de protesto

Milhares de policias polacos pediram hoje baixa médica em simultâneo para protestar contra as suas condições de trabalho, levantando preocupações sobre o eventual impacto na segurança da manifestação nacionalista anual marcada para dia 11, em Varsóvia.

Milhares de polícias polacos de baixa médica como forma de protesto
Notícias ao Minuto

13:13 - 05/11/24 por Lusa

Mundo Polónia

O protesto juntou cerca de 20.000 participantes, anunciou Jacek Lukasik, presidente do Comité de Protesto de Solidariedade da Polícia, à imprensa.

 

Entre as queixas dos agentes estão salários insuficientes, falta de equipamento básico e uma grave falta de pessoal que seria apenas solucionada com pelo menos 25 mil novos postos de trabalho, além dos 90.000 atualmente existentes.

Em alguns departamentos como o de Trânsito foram pedidas baixas médicas por 35% dos agentes, levando, assim, o Ministério da Administração Interna a pedir confirmações escritas aos médicos.

A tutela também exigiu que fossem examinados todos aqueles que alegam estar doentes com "gripe canina", como os próprios agentes apelidaram o seu protesto, numa referência ao nome depreciativo de "cães" com que os polícias são conhecidos na Polónia.

Os sindicatos da polícia exigem um aumento salarial de 15%, a indexação das pensões após 18 anos de serviço e a vinculação do orçamento da polícia ao crescimento do produto interno bruto (PIB), bem como a equiparação dos seus benefícios sociais aos dos militares, especialmente quanto a subsídios de alojamento e de férias.

Os protestos levantaram preocupações quanto à resposta em termos de segurança na manifestação nacionalista prevista para segunda-feira em Varsóvia, que já provocaram incidentes violentos e a atos de vandalismo.

A porta-voz da polícia, Katarzyna Nowak, insistiu hoje que "a segurança pública não será comprometida", sublinhando que "a continuidade do serviço é mantida e os protestos não constituirão uma ameaça à segurança".

O representante do Comité de Protesto advertiu que, se a greve continuar, as chefias da polícia poderão ser obrigadas a preencher as vagas com agentes reformados ou na reserva, o que afetaria a segurança de eventos como as manifestações de 11 de novembro.

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