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"Contenção". Pequim apela à calma após Rússia rever doutrina nuclear

A China apelou hoje à calma e à contenção, na sequência da assinatura pelo Presidente russo, Vladimir Putin, de um decreto que alarga as suas opções para a utilização de armas nucleares.

"Contenção". Pequim apela à calma após Rússia rever doutrina nuclear
Notícias ao Minuto

09:19 - 20/11/24 por Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

"Nas atuais circunstâncias, todas as partes devem manter a calma e usar de contenção e trabalhar em conjunto através do diálogo e consultas para aliviar as tensões", disse o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, em conferência de imprensa.

 

"A posição da China, que encoraja todas as partes a desanuviar as tensões (...) e a empenhar-se numa resolução política da crise ucraniana, mantém-se inalterada", acrescentou o porta-voz.

No milésimo dia da sua ofensiva contra a Ucrânia, Vladimir Putin assinou na terça-feira um decreto que alarga o âmbito da utilização de armas nucleares, pouco depois de os Estados Unidos terem autorizado Kiev a atacar solo russo com mísseis de longo alcance de fabrico norte-americano.

Putin avisou, no final de setembro, que qualquer ataque levado a cabo por um país não nuclear mas apoiado por uma potência com armas nucleares poderia ser considerado uma agressão "conjunta", exigindo potencialmente o uso de armas nucleares.

A revisão da doutrina nuclear russa foi amplamente denunciada pelo Ocidente.

Na terça-feira, o Presidente francês, Emmanuel Macron, denunciou a "escalada" russa na Ucrânia, apelando a Vladimir Putin para que "ouça a razão".

Macron pediu ao Presidente chinês, Xi Jinping, que faça valer "todo o seu peso" sobre Moscovo.

"Pedi ao Presidente Xi Jinping que utilize toda a sua influência, a sua pressão e o seu poder de negociação para que o Presidente Putin ponha termo aos ataques", afirmou.

A China apela regularmente a conversações de paz e ao respeito pela integridade territorial de todos os países, incluindo a Ucrânia, mas nunca condenou a Rússia pela sua invasão em grande escala do território ucraniano, que começou em fevereiro de 2022.

As relações económicas, diplomáticas e militares entre Pequim e Moscovo foram mesmo a reforçadas desde então.

O comércio entre China e Rússia registou, em 2023, um crescimento homólogo de 26,3%, para 240 mil milhões de dólares (223 mil milhões de euros).

Leia Também: Parlamento dos EUA pede fim das relações comerciais normais com a China

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