Extorquia dinheiro e envenenava amigos com cianeto. Foi condenada à morte
Sararat Rangsiwuthaporn está ainda acusada do homicídio de 13 outros amigos. Enganava-os a consumir "cápsulas de ervas" envenenadas.
© LILLIAN SUWANRUMPHA/AFP via Getty Images
Mundo Tailândia
Uma mulher, de 36 anos, foi condenada à morte pelo homicídio de uma amiga, em Banguecoque, na Tailândia, na quarta-feira, por envenenamento por cianeto.
Sararat Rangsiwuthaporn foi detida em maio deste ano e está ainda acusada da morte de 13 outros amigos com recurso ao mesmo veneno, e de cerca de 80 outras ofensas.
As autoridades encontraram traços de cianeto no corpo da vítima Siriporn Khanwong, de 32 anos, em abril do ano passado, e uma investigação revelou mortes semelhantes que datam até 2015.
"Quero dizer à minha filha que sinto muito a sua falta e que hoje foi feita justiça por ela", disse a mãe da vítima, Tongpin Kiatchanasiri, após o veredicto.
Sararat era viciada em jogos e, supostamente, teria como alvo os amigos a quem ela devia dinheiro. Numa altura, chegou a extorquir cerca de oito mil euros antes de matar uma das vítimas e de lhe roubar as joias e os telemóveis.
"Ela pedia, a pessoas que conhecia, dinheiro porque tem imensas dívidas no cartão de crédito… e se elas lhe pedissem o dinheiro de volta, ela começava a matá-las", revelou um porta-voz da polícia local.
As autoridades alegam que a detida enganou 15 pessoas, entre elas uma que conseguiu sobreviver, a consumir "cápsulas de ervas" envenenadas.
Outras duas pessoas foram ainda condenadas em tribunal por este crime. O ex-marido de Sararat, Vitoon Rangsiwuthaporn enfrenta uma pena de 16 meses de prisão e o advogado dela terá de cumprir dois anos atrás das grades. Foram acusados de cumplicidade na morte de Siriporn e ainda por ajudarem Sararat a escapar da acusação.
Segundo a BBC, o casal continuava a viver na mesma casa, apesar do divórcio, e a polícia suspeita que o ex-marido seja também cúmplice na morte do ex-namorado de Sararat, Suthisak Poonkwan. As autoridades indicam que Vitoon, após o crime, ajudou a ex-mulher ao ir buscá-la no seu carro e também a extorquir dinheiro dos amigos da vítima.
Sararat foi ainda condenada a pagar uma compensação monetária à família de Siriporn, no valor de cerca de 54 mil euros.
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