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Macron apela a cumprimento de cessar-fogo no Líbano

O Presidente francês, Emmanuel Macron, apelou ao fim imediato de todas as "ações que contrariem" o cumprimento do cessar-fogo que entrou em vigor no Líbano na quarta-feira, anunciou hoje o Eliseu.

Macron apela a cumprimento de cessar-fogo no Líbano
Notícias ao Minuto

29/11/24 12:43 ‧ Há 1 Hora por Lusa

Mundo Médio Oriente

Macron, que teve várias conversas telefónicas na quinta-feira com o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, e o presidente da Câmara dos Representantes, Nabih Berri, "apelou a todas as partes para que trabalhem para o pleno cumprimento do cessar-fogo".

 

O Presidente francês sublinhou ainda que "todas as ações que contrariem a concretização total do cessar-fogo devem ser imediatamente suspensas".

O exército libanês acusou na quinta-feira Israel de ter violado o acordo de cessar-fogo "em várias ocasiões" desde a sua entrada em vigor na madrugada de quarta-feira, denunciando várias "incursões aéreas e ataques" das forças israelitas no Líbano.

"Nos dias 27 e 28 de novembro de 2024, após o anúncio do acordo de cessar-fogo, o inimigo israelita violou o acordo em várias ocasiões, através de incursões aéreas e ataques com várias armas contra o território libanês", denunciaram as Forças Armadas libanesas num comunicado.

"O Comando do Exército está a acompanhar estas violações em coordenação com as autoridades competentes", referiu o exército libanês, que não está envolvido no conflito em curso há mais de um ano entre as forças israelitas e o movimento xiita libanês Hezbollah.

Por seu lado, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ameaçou com uma "guerra intensiva", em caso de violação da trégua com o Hezbollah no Líbano.

O acordo de cessar-fogo prevê três fases: uma trégua seguida da retirada das forças do Hezbollah para norte do rio Litani; uma retirada total das tropas israelitas do sul do Líbano no prazo de 60 dias; e, por último, negociações entre Israel e o Líbano sobre a demarcação da sua fronteira, que é atualmente um limite estabelecido pela ONU após a guerra de 2006.

O conflito entre Israel e o Hezbollah começou um dia depois do ataque do movimento islamita palestiniano Hamas contra Israel a partir de Gaza, em 07 de outubro de 2023, quando o grupo xiita começou a disparar foguetes, 'drones' e mísseis em solidariedade com os palestinianos.

Israel retaliou com ataques aéreos e o conflito intensificou-se de forma constante durante quase um ano, antes de eclodir numa guerra total em meados de setembro.

De acordo com dados atualizados hoje pelo Ministério da Saúde libanês, 3.961 pessoas foram mortas e 16.520 ficaram feridas durante o conflito, muitas das quais civis.

Os combates mataram mais de 70 pessoas em Israel, mais de metade das quais civis, bem como dezenas de soldados israelitas que combatiam no sul do Líbano.

Leia Também: EUA e França vão assegurar "implementação total" do cessar-fogo no Líbano

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