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Internet interrompida na Ásia e Médio Oriente devido a cortes de cabos

Cortes em cabos submarinos no mar Vermelho interromperam hoje o acesso à Internet em partes da Ásia e do Médio Oriente, disseram especialistas, embora não haja ainda indicações sobre o que causou o incidente.

Internet interrompida na Ásia e Médio Oriente devido a cortes de cabos

© ShutterStock

Lusa
07/09/2025 07:02 ‧ há 1 dia por Lusa

A Microsoft anunciou que o Médio Oriente "pode apresentar um aumento de latência devido aos cortes de fibra submarina no Mar Vermelho".

 

A tecnológica norte-americana não revelou mais detalhes, embora tenha afirmado que o tráfego de Internet que não passa pelo Médio Oriente "não está a ser afetado".

A NetBlocks, que analisa o acesso à Internet, afirmou que "uma série de interrupções nos cabos submarinos no mar Vermelho degradou a conectividade à internet em vários países", incluindo a Índia e o Paquistão.

A empresa culpou "falhas que afetaram os sistemas de cabos SMW4 e IMEWE perto de Jidá, na Arábia Saudita".

O cabo 4 Sudeste Asiático-Médio Oriente-Europa Ocidental (SMW4) é operado pela Tata Communications, que faz parte de um conglomerado indiano, enquanto o cabo Índia-Médio Oriente-Europa Ocidental (IMEWE) é operado por outro consórcio liderado pela multinacional francesa Alcatel-Lucent.

Nos Emirados Árabes Unidos, os utilizadores de Internet das redes estatais Du e Etisalat queixaram-se de velocidades de acesso mais lentas.

O corte de linhas acontece numa altura em que os rebeldes Huthis do Iémen têm trocado uma série de ataques contra Israel, em consequência da ofensiva israelita contra o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.

Israel respondeu com ataques aéreos, incluindo um que matou os principais líderes do movimento rebelde.

No início de 2024, o governo internacionalmente reconhecido no exílio do Iémen alegou que os Huthis planeavam atacar cabos submarinos no Mar Vermelho. Vários foram cortados, mas os rebeldes negaram a responsabilidade.

Este manhã, o canal de notícias por satélite al-Masirah, detido pelos Huthis, reconheceu que os cortes tinham ocorrido, mas não fez qualquer comentário sobre a razão do incidente.

Entre novembro de 2023 e dezembro de 2024, os rebeldes visaram mais de 100 navios com mísseis e drones, causando o naufrágio de quatro embarcações e a morte de pelo menos oito marinheiros.

Os Huthis, apoiados pelo Irão, interromperam os ataques durante um breve cessar-fogo.

Mais tarde, tornaram-se alvo de uma campanha de ataques aéreos dos Estados Unidos (EUA), durante semanas, antes de estes declararem um cessar-fogo unilateral.

Os Huthis afundaram dois navios em julho, matando pelo menos quatro pessoas a bordo, e acredita-se que outras embarcações estejam na posse dos rebeldes.

Os novos ataques dos rebeldes aconteceram com um possível cessar-fogo na guerra entre Israel e o Hamas ainda em aberto.

Também as negociações sobre o programa nuclear do Irão estão em causa, depois de Israel ter atacado a República Islâmica, uma ofensiva na qual os EUA bombardearam instalações atómicas iranianas.

Leia Também: Centro cultural judaico em Lisboa alvo de atos semanais de vandalismo

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