A restrição de drones na área circundante à sede da organização internacional é outra das medidas previstas.
De 22 a 30 de setembro, representantes e líderes de mais de 150 países vão reunir-se na sede da ONU, em plena zona central de Nova Iorque, para discutir os desafios globais que o mundo enfrenta atualmente.
A Assembleia-Geral da ONU acontece num momento "em que muitas regiões estão a passar por conflitos e instabilidades profundas", enfatizou hoje a chefe do Departamento de Polícia de Nova Iorque (NYPD), Jessica Tisch, numa conferência de imprensa em frente à sede das Nações Unidas, no centro de Manhattan.
Perante tal conjuntura, milhares de agentes do NYPD serão mobilizados para garantir a segurança das rotas de tráfego, reforçar a proteção do Presidente norte-americano, Donald Trump - que participará no Debate da ONU -, e fornecer suporte aos hotéis onde chefes de Estado e de Governo ficarão hospedados, disse Tisch.
A cidade também contará com diversas unidades especializadas, como agentes antiterrorismo, unidades portuárias nos rios que envolvem a cidade, e patrulhamento com drones, que irão fornecer informações em tempo real sobre o que está a acontecer na área circundante à sede da organização.
Nesse sentido, voos não autorizados de drones serão restringidos até 27 de setembro num raio de duas milhas náuticas (3,7 quilómetros), e qualquer aeronave não tripulada que sobrevoe a área e que não seja da propriedade da polícia ou dos Serviços Secretos será confiscada, com a possibilidade de acusações criminais contra o responsável.
Tanto Jessica Tisch como o autarca da cidade de Nova Iorque, Eric Adams, pediram aos nova-iorquinos para que usem os transportes públicos nos dias do grande evento, já que o trânsito estará cortado em vários pontos da cidade.
A chefe da NYPD também alertou que haverá "encerramentos contínuos e intermitentes de ruas por toda a cidade" à medida que as delegações dos países se deslocam de um local para outro.
Por outro lado, são esperados protestos durante essa semana, especialmente ações pró-palestinianas, já que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, estará presente na Assembleia-Geral, onde deverá discursar na manhã de sexta-feira, no dia 26, após o feriado judaico de Rosh Hashanah.
Jessica Tish afirmou que, embora protestos pacíficos "sejam uma parte fundamental da democracia", a polícia não tolerará "nada que cause desordem, perturbe a vida diária ou ameace a segurança do evento".
O autarca Eric Adams, por sua vez, indicou na mesma conferência de imprensa que "espera" encontrar-se com Netanyahu quando o líder israelita chegar à cidade, embora não tenha fornecido mais detalhes sobre esse possível encontro.
Adams nunca escondeu a sua simpatia por Israel, embora a cidade que lidera tenha sido palco de protestos constantes contra a guerra na Faixa de Gaza.
O autarca também afirmou que não há atualmente nenhuma ameaça "específica ou credível" contra as Nações Unidas, mas indicou que a cidade está em "alerta máximo, dada a situação global" e considerando que centenas de autoridades estarão em Nova Iorque, entre chefes de Estado, Governo, ministros, entre outros representantes.
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