O helicóptero que transportava o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a primeira-dama, Melania Trump, foi obrigado a fazer uma aterragem de emergência num "aeródromo local" no final da visita ao Reino Unido.
Segundo a Fox News, o incidente ocorreu durante o percurso entre Chequers - onde Trump esteve reunido com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, a cerca de 65 quilómetros de Londres - e o aeroporto de Stansted.
Durante o incidente, Trump e Melania tiveram de trocar o Marine One por um helicóptero de apoio local depois de aterrarem em segurança no aeródromo.
Em declarações aos jornalistas, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, adiantou que a troca foi feita devido a um "pequeno problema hidráulico".
"Por excesso de cautela, os pilotos aterraram num aeródromo local antes de chegarem ao aeroporto de Stansted. O presidente e a primeira-dama embarcaram em segurança no helicóptero de apoio", disse Leavitt.
O incidente acabou por ficar resolvido e o helicóptero de apoio aterrou em Stanted com 20 minutos de atraso.
Segundo a BBC, estes helicópteros estão equipados com sistemas de defesa antimíssil e de interferência de radar, bem como componentes eletrónicos concebidos para suportar o pulso eletromagnético de uma explosão nuclear.
Como medida de segurança, o Marine One costuma voar num grupo de helicópteros idênticos, servindo de chamarizes.
Trump esteve no Reino Unido para visita de Estado inédita
Donald Trump esteve no Reino Unido, entre 17 e 19 de setembro, para uma visita de Estado inédita, sendo o único presidente norte-americano a realizar duas visitas de Estado àquele país - a anterior foi em 2019.
Na segunda-feira, Trump foi recebido pelo rei Carlos III no Castelo de Windsor e a visita arrancou com cerimónias militares, um jantar oficial e uma homenagem à Rainha Isabel II.
Durante a visita, foi anunciado um pacote de 150 mil milhões de libras (cerca de 173 mil milhões de euros) em investimentos de empresas norte-americanas no Reino Unido, que o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, disse ser o "maior pacote de investimento da histórica britânica".
A visita de Trump foi acompanhada por vários protestos
Na segunda-feira, milhares de manifestantes marcharam em Londres para mostrar desagrado tanto com a visita de Trump como com o primeiro-ministro, que fez o convite oficial.
O protesto, organizado pela Coligação Contra Trump (Stop Trump Coalition), mobilizou diversas organizações, incluindo sindicatos, movimentos antirracismo e grupos pró-Palestina.
Os manifestantes concentraram-se em Portland Place, perto do consulado de Portugal em Londres, seguindo até à Praça do Parlamento, num percurso que levou ao encerramento de várias ruas centrais e a uma operação de segurança com mais de 1.600 agentes.
Outros protestos foram realizados em várias cidades do país, como Bristol, Leeds, Liverpool, Manchester, Newcastle ou Cardiff.
Já na noite de terça-feira, imagens de Trump ao lado de Jeffrey Epstein foram projetadas nas paredes do Castelo de Windsor pelo grupo 'Led by Donkeys' para denunciar a proximidade entre o presidente e o empresário norte-americano condenado por crimes sexuais contra menores, resultando na detenção de quatro pessoas.
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