A Comissão Europeia revelou, esta sexta-feira, que vai adotar o 19.º pacote de sanções contra a Rússia devido à invasão da Ucrânia, iniciada há mais de três anos.
O pacote será apresentado ainda hoje pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e pela alta-representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Kaja Kallas.
"Podemos confirmar que a comissão adotou um novo pacote de sanções contra a Rússia, o 19.º pacote", disse a porta-voz da Comissão Europeia, Paula Pinho, numa conferência de imprensa em Bruxelas.
Na semana passada, Kaja Kallas já tinha adiantado que estava a ser terminado o 19.° pacote de sanções contra a Rússia, que incluirá o petróleo russo, instituições bancárias e embarcações que transportam crude.
Sublinhe-se que a Hungria e a Eslováquia são os únicos países dos 27 Estados-membros que continuam a receber combustível da Rússia.
A Eslováquia bloqueou o 18.º pacote de sanções da UE depois de Bruxelas ter anunciado o plano REPowerEU que estipula acabar com a dependência dos combustíveis fósseis russos em resposta às perturbações no mercado da energia devido à invasão russa da Ucrânia.
Bratislava acabou por aceitar o 18.º pacote quando a União Europeia (UE) permitiu que continuasse a comprar gás russo.
Na semana passada, o primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, anunciou que o país vai vetar as próximas sanções da União Europeia à Rússia, até que a Comissão Europeia apresente objetivos climáticos que conciliem as necessidades da indústria.
A guerra na Ucrânia, causada pela invasão da Rússia em fevereiro de 2022, tem assentado num combate intenso nas regiões do leste e do sul, com frequentes bombardeamentos de infraestrutura civil, deslocamentos de populações e elevado número de baixas.
Neste verão, houve múltiplas tentativas diplomáticas para estabelecer um cessar-fogo, incluindo uma proposta dos Estados Unidos de suspensão das hostilidades por 30 dias, mas apesar de tais esforços não houve avanço significativo real.
Leia Também: Von der Leyen falou com Trump sobre aumento de pressão a Moscovo