Os três polícias que foram mortos durante um tiroteio na quarta-feira, no sul da Pensilvânia, estavam a responder a uma denúncia e preparavam-se para deter o suspeito pelos crimes de perseguição, assédio e invasão de propriedade
Em conferência de imprensa, na quinta-feira, o procurador do distrito de York, Tim Barker, explicou que o suspeito - Matthew Ruth, de 24 anos - escondeu-se em casa da ex-namorada, numa quinta no condado de Northern York, e emboscou os polícias. Três morreram e dois ficaram em estado grave.
Os agentes começaram a investigar o suspeito na noite anterior ao incidente, após a ex-namorada e a mãe terem alertado a polícia que Ruth estava escondido à porta de casa, camuflado, a olhar pelas janelas com binóculos.
A jovem disse também que suspeitava que o ex-namorado tinha incendiado a sua carrinha no mês passado.
As duas mulheres decidiram sair de casa por motivos de segurança após os agentes não terem conseguido localizar o suspeito.
Já na quarta-feira, uma equipa de seis polícias regressou à casa e, com recurso a um drone, realizou buscas em toda a propriedade, até reparar que a porta da casa estava destrancada.
Quando abriram a porta, os polícias foram imediatamente alvejados pelo suspeito, que transportava uma espingarda AR com silenciador.
Segundo Barker, o suspeito disparou vários tiros contra os quatro polícias à porta, matando três deles. Seguiu-se um tiroteio entre Ruth e os outros dois polícias, que estavam do lado de fora da casa, que resultou na morte do atirador.
"Cada um destes homens representava o melhor do policiamento. Serviam com profissionalismo, dedicação e coragem. Eram líderes na nossa agência, empenhados em proteger esta comunidade e ao lado dos seus seguidores", destacou o chefe do Departamento de Polícia Regional do Condado de Northern York, David Lash, onde pertenciam os polícias.
Os polícias mortos foram identificados como Mark Baker, de 53 anos, Isaiah Emenheiser, de 43 anos, e Cody Becker, de 39 anos.
Governador diz que é necessário "melhorar enquanto sociedade" após morte de três polícias
Na noite de quarta-feira, o governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, defendeu que é necessário "ajudar as pessoas que pensam que pegar em armas é a resposta para resolver disputas".
"Lamentamos a perda de três almas preciosas que serviram este condado, serviram esta comunidade, serviram este país. Este tipo de violência não é aceitável. Precisamos de melhorar enquanto sociedade", sublinhou, após um encontro com as famílias das vítimas.
Também a procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, descreveu a "violência contra as autoridades policiais" como um "flagelo" da sociedade norte-americana. "Nunca é aceitável", destacou.
The @FBI and @ATFHQ are on the scene supporting local law enforcement following the shooting of multiple police officers in York County, Pennsylvania.
— Attorney General Pamela Bondi (@AGPamBondi) September 17, 2025
Violence against law enforcement is a scourge on our society and never acceptable. Pray for the officers involved.
Segundo a agência de notícias The Associated Press (AP), este foi um dos dias mais mortíferos para as forças policiais neste século, igualando o número de mortos por um tiroteio em 2009, quando três polícias foram emboscados por um suspeito de violência doméstica que usava um colete à prova de bala.
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