O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, negou os "rumores repugnantes" que ligam Israel à morte de Charlie Kirk, o ativista ultraconservador norte-americano assassinado a tiro durante um evento numa universidade do Utah.
"Joseph Goebbels, o ministro da propaganda nazi, disse que quanto maior for a mentira, mais rapidamente se espalhará", começou por referir Netanyahu num vídeo em inglês partilhado na rede social X, na quinta-feira.
"Bem, alguém inventou uma mentira monstruosa: que Israel teve alguma coisa a ver com o horrível assassinato de Charlie Kirk", acrescentou. "Isto é uma loucura. É falso. É ultrajante".
Sem entrar em detalhes sobre as acusações, Netanyahu fez questão de sublinhar que Charlie Kirk, de 31 anos, "amava Israel" e "amava o povo judeu" e revelou que o ativista lhe enviou uma carta, meses antes da sua morte, onde disse que defender Israel era uma das "maiores alegrias".
"Ele disse-me: 'A Terra Santa é tão importante para a minha vida que me dói ver o apoio a Israel desaparecer'", disse Netanyahu.
"Agora, alguns estão a espalhar estes rumores repugnantes, talvez por obsessão, talvez com financiamento do Qatar", continuou Netanyahu. "O que eu sei é o seguinte: Charlie Kirk foi um grande homem, e um grande homem merece honra, não mentiras."
Charlie Kirk was a great man. He deserves honor - not lies. pic.twitter.com/NwEN4B2q7w
— Prime Minister of Israel (@IsraeliPM) September 18, 2025
Netanyahu lamentou morte de Charlie Kirk, "amigo fervoroso de Israel"
Charlie Kirk foi morto a tiro durante um discurso numa universidade do Utah no passado dia 10 de setembro. Na altura, Benjamin Netanyahu recorreu às redes sociais para lamentar a morte do "amigo fervoroso de Israel" e sublinhou que "perdemos um ser humano incrível".
"Charlie Kirk foi assassinado por dizer a verdade e defender a liberdade. Amigo fervoroso de Israel, combateu as mentiras e defendeu a civilização judaico-cristã. Falei com ele há apenas duas semanas e convidei-o a vir a Israel. Infelizmente, essa visita não se realizará", escreveu, minutos após a morte ter sido confirmado.
"Perdemos um ser humano incrível. O seu orgulho sem limites pelos Estados Unidos e a sua valente crença na liberdade de expressão deixarão um impacto duradouro. Descansa em paz, Charlie Kirk", acrescentou.
Charlie Kirk, que morreu aos 31 anos, assumiu sempre uma posição pró-Israel, chegando a afirmar que a Palestina "não existe" e que "Israel não está a matar os residentes de Gaza à fome".
Charlie Kirk was murdered for speaking truth and defending freedom. A lion-hearted friend of Israel, he fought the lies and stood tall for Judeo-Christian civilization. I spoke to him only two weeks ago and invited him to Israel. Sadly, that visit will not take place.
— Benjamin Netanyahu - בנימין נתניהו (@netanyahu) September 10, 2025
We lost an…
O ultraconservador, recorde-se, foi o fundador da Turning Point USA, uma organização conservadora concentrada no ativismo universitário.
Nascido em Arlington Heights, um subúrbio de Chicago, Kirk era oriundo de uma família da classe média e desde jovem demonstrou interesse pela política.
Kirk, que apoiava o porte de armas de fogo, tornou-se numa das vozes mais conhecidas do movimento jovem conservador nos Estados Unidos próximo do presidente Donald Trump.
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