Conferência de presidentes do Parlamento Europeu define mandato
A Conferência de Presidentes do Parlamento Europeu (PE) definiu hoje em Bruxelas o mandato da comissão de investigação do caso de denúncias de fuga aos impostos através de paraísos fiscais, conhecido como "Papéis do Panamá".
© Getty Images
Mundo Papéis do Panamá
A comissão será composta por 65 eurodeputados, que terão a tarefa de investigar "alegadas contravenções e má administração na aplicação do direito da União em relação à lavagem de dinheiro, evasão fiscal e a evasão fiscal pela Comissão ou os Estados-membros".
A comissão especial tem o prazo de um ano para elaborar um relatório sobre o assunto.
A proposta da conferência de presidentes terá ainda que ser aprovada em sessão plenária do PE, estando a votação marcada para quarta-feira, em Estrasburgo.
Os "Papeis da Panamá" são a maior investigação jornalística da história, envolvem o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ, na sigla inglesa), com sede em Washington, e destacam os nomes de 140 políticos de todo o mundo, entre eles 12 antigos e atuais líderes mundiais.
A investigação resulta de uma fuga de informação e juntou cerca de 11,5 milhões de documentos ligados a quase quatro décadas de atividade do escritório de advogados panamiano Mossack Fonseca, especializado na gestão de capitais e de património, com informações sobre mais de 214 mil empresas 'offshore' em mais de 200 países e territórios.
A partir dos "Papéis do Panamá", a investigação refere que milhares de empresas foram criadas em 'offshores' e paraísos fiscais para centenas de pessoas administrarem o seu património, entre eles o rei da Arábia Saudita, elementos próximos do Presidente russo, Vladimir Putin, o presidente da UEFA, Michel Platini, e a irmã do rei Juan Carlos e tia do rei Felipe VI de Espanha, Pilar de Borbón.
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