Depois de Nice e Berlim, desta vez camião terrorista matou em Estocolmo
O primeiro-ministro sueco deixou clara a posição da Suécia: “Vocês não nos vão derrotar, não vão governar as nossas vidas e nunca vão ganhar”.
© Reuters
Mundo Balanço
O que parecia ser mais um dia tranquilo na vida dos suecos a residir em Estocolmo transformou-se num verdadeiro pesadelo.
Um camião abalroou dezenas de pessoas na rua Drottninggatan (Rua da Rainha) no centro da capital da Suécia, acabando por embater na montra de uma loja.
As imagens do momento são impressionantes: pessoas a correr desesperadas, um camião a circular a uma velocidade elevada e um rasto de sangue pelo caminho.
À primeira vista parece que estamos a falar do atentado em Nice (julho de 2016) ou do ataque em Berlim (dezembro de 2016). Mas não. Trata-se de um novo ataque que o primeiro-ministro sueco já descreveu como “terrorista”.
O balanço, feito numa conferência de imprensa ao final da noite de ontem, cifra-se em quatro mortos e 15 feridos, entre crianças e adultos. Destes últimos, nove encontram-se em estado grave, o que pode fazer com que o número de vítimas mortais venha a aumentar.
O ataque teve lugar poucos minutos antes das 15h00 locais (14h em Lisboa). Desde então a polícia multiplicou-se nas ruas e nos arredores da cidade. A estação central de comboios foi evacuada e as estações de metro encerradas, bem como o parlamento.
Duas pessoas foram levadas até à esquadra local para prestar esclarecimentos, mas a polícia não as apelidou de suspeitas.
Numa primeira conferência de imprensa, a meio da tarde, as autoridades divulgaram fotografias de um homem que poderia estar ligado ao crime. Esse homem foi detido pela polícia ao final da tarde no bairro de Märsta, a norte de Estocolmo, suspeito de "homicídios de natureza terrorista". Trata-se de um Uzbeque de 39 anos, simpatizante do grupo extremista Estado Islâmico, segundo o jornal Aftonbladet.
Segundo informações não confirmadas pelas autoridades, terá sido neste bairro que viveu o terrorista abatido em Bruxelas, após os atentados em Paris.
O homem tem 39 anos e é um acérrimo defensor da causa jihadista. Na sua página do Facebook, escreve o jornal sueco Aftonbladet, o suspeito partilhou propaganda do Estado Islâmico, tendo ainda distribuído gostos por fotografias sangrentas.
As primeiras informações davam conta de que os suspeitos seriam três. Mas essa informação continua a carecer de confirmação oficial.
Para já não são conhecidos mais pormenores sobre o atentado que ainda não foi reivindicado. Porém, as semelhanças com os ataques de Nice e de Berlim levam a crer que tenha sido levado a cabo por militantes da jihad radical.
Certo é que, mais uma vez, inocentes perderam a vida para um camião conduzido a alta velocidade numa zona citadina de grande movimento. E que em nove meses este é quarto ataque do género, se contarmos com Londres que, não tendo sido levado a cabo com recurso a um camião, também teve como instrumento de morte um veículo, no caso ligeiro.
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