Polícia angolana diz que efetivos chegam para travar criminalidade
O comandante-geral da Polícia Nacional angolana garantiu hoje que o número de efetivos é suficiente para combater a criminalidade no país, situação que nos últimos dias tem deixado preocupados os cidadãos com relatos de mortes e raptos.
© Lusa
Mundo Comandante
A posição foi hoje assumida por Ambrósio de Lemos num encontro que manteve com o comando provincial da Polícia de Luanda e com as direções nacionais dos Serviços de Investigação Criminal, Migração e Estrangeiros e Proteção Civil e Bombeiros.
Ambrósio de Lemos reconheceu que, por falta de uma presença policial mais reforçada, as pessoas sentem-se inseguras, mas garantiu que tudo está a ser feito para dar resposta à situação.
"A criminalidade não pode ser superior às nossas forças. Nós temos forças suficientes para poder combater a criminalidade", atestou o comandante-geral da Polícia Nacional.
Segundo o oficial, o desordenamento urbano de Luanda "tem contribuído para que, em grande parte, os órgãos de segurança não possam corresponder de forma satisfatória às preocupações de segurança pública".
Durante o encontro, Ambrósio de Lemos abordou as questões sobre a sinistralidade rodoviária, "que ultimamente tem ceifado muitas vidas", a imigração ilegal e a permanência irregular de cidadãos em Angola.
O comandante-geral da Polícia Nacional considerou também importante uma melhor comunicação entre responsáveis policiais e a comunicação social, no sentido de evitar especulações e o alarme entre os cidadãos.
Para Ambrósio de Lemos, "é necessário que a notícia chegue ao cidadão de uma forma mais concreta, mais verdadeira", por isso "o comandante provincial tem que estar aberto para poder esclarecer".
"É que o comandante provincial é simultaneamente o delegado do Ministério do Interior (MININT), portanto, ele superintende os órgãos do MININT e da província de Luanda, e é necessário que o comandante provincial possa de facto esclarecer os órgãos de informação sobre este ou aquele acontecimento numa dessas suas áreas, tem que ter este domínio, porque senão não é comandante provincial, não é delegado do MININT", apontou.
O caso mais recente que abalou a sociedade angolana envolveu uma antiga apresentadora da Televisão Pública de Angola (TPA), encontrada morta, na quinta-feira, no interior de uma viatura nos arredores de Luanda, juntamente com o corpo de um homem que a acompanhava, depois de ter sido raptada, com os filhos menores, horas antes, no centro da capital.
Entretanto, a polícia anunciou já a detenção de pelo menos quatro estrangeiros, nos últimos dias, pelo alegado envolvimento no homicídio de Beatriz Fernandes e Jomance Muxito.
Nas últimas semanas, há registo de um aumento de casos conhecidos de raptos em Luanda, seguidos de homicídio, vitimando essencialmente mulheres, normalmente obrigadas a fazerem levantamentos de dinheiro nas caixas ATM.
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