Quase um milhão de marroquinos vive em Espanha
Os marroquinos representam 15,115% da população estrangeira registada em Espanha, num total de 715.690 pessoas, segundo os números da "Cartografia dos marroquinos residentes em Espanha", apresentada hoje em Rabat.
© Reuters
Mundo Rabat
Este estudo foi apresentado nas segundas jornadas do Fórum Hispano Marroquino sobre Imigração e Integração, realizadas conjuntamente pelos ministérios da Emigração, de Marrocos, e dos Assuntos Sociais, de Espanha.
A quantidade de marroquinos a viver em Espanha tem baixado ligeiramente, desde o 'pico' registado em 2012, quando se registaram 790.258 pessoas, descida esta que o estudo atribuiu aos marroquinos que conseguiram obter a cidadania espanhola no período.
De facto, entre 2010 e 2015, Espanha concedeu a nacionalidade a 127.474 marroquinos, de um total de 211.709 entre 2000 e 2016.
O número de vistos concedidos por Espanha a marroquinos tem-se mantido estável, acima dos 130 mil anuais, mas em 2015 houve um 'pico' de 153.340.
No estudo chamou-se a atenção para a quantidade de crianças marroquinas escolarizadas em Espanha, cujo número subiu acentuadamente de 137.828 em 2014-2015 para 174.774 no ano escolar seguinte, o que dá uma ideia de que a população marroquina tem um perfil muito jovem.
Em termos laborais, 39&% da população marroquina em Espanha, com idades entre os 16 e 64 anos, estava inscrita na segurança social em 2016 e 22% desempregados.
O perito marroquino em emigração Abdelwahed Akmir apresentou um estudo seu sobre o perfil da comunidade marroquina em Espanha e destacou a enorme evolução que esta sofreu desde meados dos anos 1980, a começar desde logo pelos seus números, que decuplicaram neste período.
Akmir sublinhou que a emigração marroquina passou de ser quase exclusivamente e homens para uma situação de maior equilíbrios entre os sexos.
Adiantou ainda que da concentração inicial na Andaluzia e Catalunha se passou para uma presença em toda a Espanha, com especial presença na Catalunha (209.920) e Murcia (79.482).
Entre as questões pendentes, Akmir destacou a fraca integração social, com muito poucos casamentos mistos ou grupos misturados de amigos, a reduzida presença nas profissões qualificadas e a quase nula representatividade política, nos governos, parlamentos e partidos políticos.
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