Gaia recebe em conferência com testemunhos de construtores da paz
A biblioteca municipal de Vila Nova de Gaia vai ser hoje e sábado palco de uma conferência internacional que visa abordar o "papel dos construtores da paz" em países que já passaram por situações de conflito, revelou o responsável.
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País Conferência
Em declarações à Lusa, Rui Marques, presidente do Instituto Padre António Vieira (IPAV) e coordenador da Academia de Líderes Ubuntu (instituição organizadora) revelou que a conferência, desenvolvida no âmbito do FIGaia - Fórum Internacional de Gaia, conta com o testemunho de "experiências muito interessantes e fortes".
"A conferência olha para a ideia 'e depois do conflito', ou seja, como se faz todo este trabalho de transformar uma situação de conflito numa situação de paz e o papel dos construtores da paz", frisou.
A conferência, intitulada 'E depois do conflito - a missão de construtores da paz', inicia-se hoje, às 15:00, com a exibição do documentário 'A difícil arte de dialogar' e com o testemunho do conflito da Irlanda do Norte.
"Vão estar dois convidados especiais que trazem uma história muito forte, são fundadores de uma associação que se chama 'Construir pontes para a paz' e têm uma historia pessoal muito forte, porque é um homem e uma mulher. Ela filha de um político inglês que foi assassinado com uma bomba num hotel, e ele o responsável por esse atentado (...). É o encontro entre a vítima e o responsável que, em determinado momento, decidem trabalhar pela paz", revelou.
Além deste momento, a conferência, que também decorre no sábado, a partir das 10:00, conta com os testemunhos e as experiências de vida de "figuras que tiveram um importante papel na construção da paz" em Timor-Leste, África do Sul, Guiné-Bissau, Moçambique, Colômbia, Venezuela, Argentina e Senegal.
"É uma grande conferência, com nomes muitíssimo importantes, com histórias e experiências de países que, muitos deles, ainda estão, hoje em dia, a tentar construir a paz", frisou Rui Marques, salientando a presença e participação do timorense José Ramos-Horta, distinguido com o Prémio Nobel da Paz em 1996.
No domingo, a Academia Líderes Ubuntu promove ainda o 'Ubuntu Fest', iniciativa que conta com vários 'workshops' e uma conferência onde mais de 150 participantes da academia vão poder partilhar as suas histórias.
"São três dias fortíssimos, em que estes 150 participantes vão ser parte integrante do FIGaia", concluiu.
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