Sócrates "muito satisfeito" no final de 9 horas de interrogatório
Apesar de "satisfeito", José Sócrates revelou que o interrogatório foi "muito exaustivo".
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Pelas 23h desta segunda-feira, José Sócrates deixou a sala daquele que foi o quinto e último interrogatório a que foi submetido pelo juiz Ivo Rosa, no âmbito da Operação Marquês. Em breves declarações aos jornalistas, o ex-primeiro-ministro afirmou estar "muito satisfeito", apesar de o interrogatório, que durou 9 horas, ter sido "muito exaustivo".
Reiterou Sócrates que foi para mais um dia de interrogatório com "espírito de repor a verdade e não ficou pedra sobre pedra nesta acusação". No final desta declaração, o ex-governante escusou-se a responder a mais questões colocadas pelos jornalistas.
O ex-líder do Partido Socialista, recorde-se, está acusado de 31 crimes económico-financeiros - acusações que esta segunda-feira, antes de entrar para o interrogatório, classificou como "monstruosas, injustas e completamente absurdas".
Segundo fontes ligadas ao processo, Sócrates deverá ter sido hoje confrontado com os diversos empréstimos de dinheiro vivo que recebeu do seu amigo e também arguido Carlos Santos Silva, assim como sobre as transações de dinheiro, nomeadamente através de malas transportadas pelo seu antigo motorista e arguido neste caso, João Perna, para alegadamente manter o seu estilo de vida, após sair do Governo.
O juiz Ivo Rosa tinha agendado quatro dias da semana para interrogar o ex-primeiro ministro, mas as cerca de cinco horas diárias não foram suficientes para esgotar toda a matéria que consta da acusação do processo.
Sócrates, que esteve preso preventivamente e em prisão domiciliária, foi acusado pelo Ministério Público, mais detalhadamente, da alegada prática de três crimes de corrupção passiva de titular de cargo político, 16 crimes de branqueamento de capitais, nove crimes de falsificação de documento e três crimes de fraude fiscal qualificada, no âmbito da Operação Marquês.
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