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Proteção Civil dos Açores está mais bem preparada para acudir

O Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA), criado há 40 anos, está hoje mais bem preparado para dar resposta às populações, segundo a secretária regional da Saúde.

Proteção Civil dos Açores está mais bem preparada para acudir
Notícias ao Minuto

17:05 - 11/02/20 por Lusa

País Açores

"Infelizmente tivemos o Lorenzo há relativamente pouco tempo e o resultado está à vista da proteção que houve às populações. A Proteção Civil tem 40 anos, fez o seu caminho, tem crescido, com os 17 corpos de bombeiros que são nossos parceiros, temos feito cada vez mais e melhor. A proteção e o socorro das populações estão garantidos e vamos continuar cada vez mais a melhorar", afirmou Teresa Machado Luciano.

A secretária regional da Saúde, que tutela a Proteção Civil nos Açores, falava, em declarações aos jornalistas, em Angra do Heroísmo, à margem de uma conferência que assinalou os 40 anos do SRPCBA, comemorados em 2020.

Questionada sobre a implementação dos planos municipais de emergência nos Açores, Teresa Machado Luciano disse que 70% dos municípios já os criaram e que os restantes o deverão fazer até março.

"Relativamente aos planos municipais de emergência, estão praticamente todos realizados, alguns estão a ser revistos, porque há medidas que têm de ser melhoradas, mas garantidamente no primeiro trimestre fica tudo concluído", afirmou.

Também o presidente do SRPCBA, Carlos Neves, considerou que o serviço está hoje mais bem preparado para dar resposta às populações, e que está "num patamar, em alguns aspetos, até mais elevado do que no continente" português.

"Não só ao nível dos meios e equipamentos evoluímos, evoluímos também ao nível da legislação com o estabelecimento das bases para a Proteção Civil, com a aprovação do Plano Regional de Proteção Civil e com a aprovação dos diversos planos municipais de Proteção Civil", apontou.

Álvaro Monjardino era presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, quando em 1980, meses depois de um sismo que destruiu parte da ilha Terceira, foi aprovado o diploma que criava a Proteção Civil açoriana, uma organização regional, abrangida pelo regime nacional.

Hoje, defendeu, tem "autonomia própria reconhecida a nível nacional" e "está preparada para acudir" a "calamidades, tempestades e sismos", frequentes nas ilhas.

"Deve haver uma colaboração daqueles que seriam e podem ser beneficiados com o facto de ela existir. É uma organização que tem de ser apoiada e é por isso que ela se tem desenvolvido", frisou, alegando que o envolvimento das pessoas "corresponde à parte mais nobre da autonomia".

Já Ricardo Barros, que foi vice-presidente da Proteção Civil dos Açores durante cerca de duas décadas, considerou que o serviço é hoje "uma referência a nível nacional, não só pela representação que fez do país no estrangeiro, mas também da procura que tem em termos de formação".

Ainda assim, admitiu que há um "caminho longo a percorrer", sobretudo face aos desafios que as alterações climáticas trazem.

"Há uma alteração muito significativa no clima e obviamente temos também de estar preparados para fazer face a este desafio. É uma questão que coloca o serviço numa posição de estar permanentemente a reinventar-se", afirmou.

Também o presidente da Federação dos Bombeiros dos Açores, Manuel Soares, considerou que a Proteção Civil dos Açores é hoje "uma referência a nível nacional e internacional, sobretudo pela sua capacidade de atuar em situação de emergência ou de catástrofe, interiorizando na população açoriana um elevado sentimento de credibilidade e de confiança e na sua ação".

O responsável defendeu, no entanto, que os corpos de bombeiros "têm de ver os seus meios permanentemente reforçados e modernizados, a fim de que no cumprimento das suas missões confiram àquele serviço a credibilidade, a estabilidade necessária à persecução dos objetivos para que foi criado".

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