Associações preocupadas com poucas candidaturas a remoção de amianto
O Movimento Escolas Sem Amianto (MESA) e a associação ambientalista Zero consideraram hoje preocupante que haja um reduzido número de candidaturas de escolas ao programa de erradicação de amianto, cujo prazo termina no final do mês.
© Global Imagens
País Amianto
Citando dados deste mês divulgados na imprensa, as duas entidades dizem que das quase 600 escolas onde o amianto devia ser removido apenas se candidataram ao programa 112, o que representa apenas 18,6%.
Em junho o Governo apresentou uma lista de 578 escolas onde o amianto vai ser removido, ao abrigo de um programa que custará 60 milhões de euros e é financiado por verbas comunitárias. As candidaturas são feitas pelas autarquias.
Num comunicado conjunto hoje divulgado André Julião, coordenador do MESA, diz que é "forte motivo de preocupação" que a menos de duas semanas do fim do prazo terem sido submetidas tão poucas candidaturas.
"Acresce a estas preocupações, o facto de municípios, como o de Vila Franca de Xira, alegarem que o dinheiro disponibilizado pelo governo não chega para retirar o amianto de todas as escolas do concelho", acrescenta.
Íria Roriz Madeira, da Associação Zero, diz também recear que a identificação dos materiais contendo amianto apenas inclua as estruturas de fibrocimento, e acrescenta que existem "diversos materiais que poderão conter amianto".
E acrescentou, citada no comunicado: "Temos denúncias de escolas onde apenas parte das telhas em fibrocimento foram removidas, como no caso da escola Augusto Louro no Seixal. Quando as remoções são feitas por partes nem sabemos como são classificadas, se como escola livre de amianto ou se como escola a intervencionar".
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