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"Há ainda longo caminho pela frente!" Luanda Leaks "rebentou" há um ano

Rui Pinto recorreu ao Twitter para marcar a data e (também) recordar as alterações que este ano trouxe.

"Há ainda longo caminho pela frente!" Luanda Leaks "rebentou" há um ano
Notícias ao Minuto

09:44 - 19/01/21 por Notícias Ao Minuto

País Rui Pinto

Rui Pinto recorreu esta terça-feira ao Twitter para marcar um ano desde que "rebentou" o Luanda Leaks, que tem no epicentro a empresária angolana Isabel dos Santos. "Faz hoje um ano que rebentou o escândalo LuandaLeaks, sem dúvida o acontecimento mais marcante de 2020 pré-Covid, e um hino ao jornalismo de investigação, só possível graças à acção de whistleblowers", começou por apontar.

Numa série de tweets, o denunciante versou também sobre o que mudou durante este período: "Entretanto muita coisa mudou. Eu passei a respirar em liberdade, mas ainda aguardando pela lei de protecção de denunciantes em Portugal, e Isabel dos Santos 'exilou-se' no Dubai", escreveu, aproveitando para lançar farpas à filha do ex-presidente de Angola.

Lembrando que "várias investigações judiciais se iniciaram, por todo o mundo, contra Isabel dos Santos e o seu universo de colaboradores", Rui Pinto considerou que "o seu império desmoronou-se, e agora espera-se que se faça justiça pelo povo Angolano". "Há ainda um longo caminho pela frente!", termina o pirata informático. 

É de recordar que Rui Pinto, de 32 anos, responde por um total de 90 crimes: 68 de acesso indevido, 14 de violação de correspondência, seis de acesso ilegítimo, visando entidades como o Sporting, a Doyen, a sociedade de advogados PLMJ, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR), e ainda por sabotagem informática à SAD do Sporting e por extorsão, na forma tentada. Este último crime diz respeito à Doyen e foi o que levou também à pronúncia do advogado Aníbal Pinto.

O criador do Football Leaks encontra-se em liberdade desde 7 de agosto, "devido à sua colaboração" com a Polícia Judiciária (PJ) e ao seu "sentido crítico", mas está, por questões de segurança, inserido no programa de proteção de testemunhas em local não revelado e sob proteção policial.

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