Alfeite acaba ano com resultado positivo e espera saldo reforçado em 2022
O ministro da Defesa Nacional revelou hoje que a Arsenal do Alfeite, S.A. vai terminar o ano com "resultados positivos" e que em 2022 terá um saldo "reforçado" na sequência da prevista revisão do preço do trabalho na empresa.
© Getty Images
País Gomes CRavinho
"Posso garantir que este ano não haverá nenhum problema a nível salarial", disse João Gomes Cravinho, afirmando que está assegurada uma "tranquilidade de tesouraria" e que se prevê "um resultado líquido positivo em 2021 e um resultado reforçado em 2022 pela primeira vez em muitos anos".
O governante respondia ao deputado do Bloco de Esquerda João Vasconcelos numa audição regimental na comissão parlamentar de Defesa Nacional.
De acordo com o ministro, esta previsão de resultados decorre da revisão do "preço homem/hora" na empresa, na sequência de uma recomendação da "comissão de auditoria de preços" cujo relatório prevê "um aumento muito significativo dos preços homem/hora, o que vai permitir que o Arsenal atinja o equilíbrio financeiro".
Sobre aquela empresa, detida a cem por cento pelo Estado e que presta serviços à Marinha portuguesa, João Gomes Cravinho adiantou que espera em breve a assinatura de um contrato com a Marinha de Marrocos.
O ministro anunciou que estão previstos dois milhões de euros provenientes do Plano de Recuperação e Resiliência para a edificação da Academia do Arsenal que visa a formação e ensino nas áreas da engenharia naval.
O deputado João Vasconcelos considerou que "dois milhões de euros é muito pouco" para as necessidades da empresa, já que só para dois dos investimentos previstos seriam necessários 15 milhões de euros.
O alargamento da doca seca, previsto desde 2017, dos 138 para os 220 metros e a construção de uma nova ponte do cais, que já tem 80 anos, foram as necessidades destacadas pelo deputado do BE, que questionou ainda o ministro sobre o recrutamento nesta empresa.
Pelo PS, o deputado Raul Castro salientou como "muito positivo" a constituição da "comissão de auditoria de preços", assinalando que estava pedida desde 2009.
Quanto à academia de formação, Cravinho disse ainda que os primeiros cursos vão começar "no outono" com currículos adequados às necessidades das empresas do setor naval.
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