Pontinha preocupada com terrenos que eram para a Feira Popular de Lisboa
A autarquia da Pontinha, no concelho de Odivelas, está preocupada com os destinos dos terrenos para onde estava projetada a Feira Popular de Lisboa, reivindicando uma solução que não agrave mais os problemas de estacionamento naquela vila.
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País Autarquia
"Estando este espaço totalmente localizado no concelho de Lisboa, não compete à Junta de Freguesia pronunciar-se sobre o mérito ou virtude do projeto. Porém, estando localizado junto ao território da freguesia, designadamente junto à vila da Pontinha, seguimos com natural atenção os desenvolvimentos deste assunto", justifica a União de Freguesias da Pontinha e de Famões, num comunicado publicado no Facebook.
Numa entrevista à Rádio Renascença, o social-democrata Carlos Moedas disse que é preciso repensar o conceito de Feira Popular, considerando que "parques de diversão no centro de cidade não fazem o mesmo sentido que faziam no passado".
Carlos Moedas defendeu ainda que o projeto deve priorizar a construção de "um parque verde com equipamentos para as pessoas", com a possibilidade de uma parte do espaço na freguesia de Carnide ter alguns equipamentos de diversão.
As ideias do autarca do PSD já estavam inscritas no programa eleitoral da coligação Novos Tempos (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança), com o qual conquistou a presidência da Câmara de Lisboa nas autárquicas de 2021 e em que se comprometeu a "transformar o atual projeto da Feira Popular", apresentado em 2015 pelo anterior executivo camarário sob a presidência do socialista Fernando Medina, "para prever um novo parque urbano, com equipamentos de lazer e desporto, incluindo uma nova piscina exterior natural em Carnide, de grande dimensão, ambientalmente inovadora".
No comunicado divulgado na página do Facebook, a autarquia da Pontinha manifesta preocupação "pela falta de informação" e diz temer os impactos negativos resultantes da instalação de equipamentos naquela área, uma vez farão aumentar a circulação de pessoas e viaturas, bem como pela "necessidade de criação de infraestruturas de apoio, nomeadamente estacionamento".
"Acreditamos e esperamos que esta alteração do projeto da Feira Popular não resulte, uma vez mais, em prejuízo significativo para os residentes e comerciantes da Vila da Pontinha e tudo faremos para, numa atitude proativa e cooperante, mas determinada e intransigente de defesa dos nossos interesses, conseguir que a Câmara de Lisboa honre os compromissos já assumidos e que, qualquer que venha a ser o modelo de ocupação do parque urbano de Carnide, resulte em mais-valias para o nosso território e na capacidade de agregar valor a uma área que merece uma profunda atenção e respeito", pode ler-se ainda na nota.
O projeto da feira popular foi anunciado em 03 de novembro de 2015 e as obras arrancaram um ano depois, com as demolições dos edifícios existentes no terreno localizado na freguesia de Carnide, para criar um parque urbano de 20 hectares.
Em março de 2021, o então presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, disse que o parque verde da futura feira popular deveria abrir "antes do verão", justificando o atraso na obra com a pandemia de covid-19 e revelando o objetivo de lançar ainda nesse mandato o concurso relativo à concessão para a operação do equipamento.
No entanto, no mesmo ano Carlos Moedas venceu as eleições para a Câmara de Lisboa e no seu programa eleitoral propunha "transformar o atual projeto da Feira Popular, para prever um novo Parque Urbano, com equipamentos de lazer e desporto, incluindo uma nova piscina exterior natural em Carnide, de grande dimensão, ambientalmente inovadora".
"Este programa de recreio e lazer qualificado será complementado por equipamentos culturais e pela reconversão da Avenida Prof. Francisco da Gama Caeiro, com vista a ligar o Bairro Padre Cruz à cidade através de uma avenida urbana", acrescentava o programa que venceu a Câmara de Lisboa.
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