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"Força estritamente necessária". GNR nega agressões violentas na Trofa

Autoridade é acusada de "espancamento sem justificação" por três jovens, mas nega violência gratuita, indicando que utilizou a "força estritamente necessária" para a detenção. Internamente, decorrem "averiguações de natureza disciplinar".

"Força estritamente necessária". GNR nega agressões violentas na Trofa
Notícias ao Minuto

07:23 - 26/07/22 por Marta Ferreira

País Trofa

Três jovens acusaram ontem, dia 25 de julho, militares da Guarda Nacional Republicana (GNR) de "espancamento sem justificação" no final da Festa da Juventude da Trofa, na madrugada de domingo.

De acordo com o Jornal de Notícias, um destes três indivíduos está, inclusive, internado no Hospital São João, no Porto, com um coágulo de sangue na cabeça - pode ver as imagens no JN. Refira-se ainda que, ao mesmo jornal, alguns jovens que faziam parte do grupo indicam que os três amigos foram levados pelos militares e, no interior da viatura policial, foram "vendados com as próprias camisolas e novamente agredidos até chegarem ao posto da GNR da Trofa". 

O Notícias ao Minuto contactou a GNR que negou a brutalidade policial de que é acusada pelos pais dos jovens.

Segundo a versão dos factos da GNR, "na madrugada do dia 24 de julho, na sequência de uma ocorrência de desacatos num evento musical, os militares da Guarda deslocaram-se ao local, onde abordaram um grupo de 8 pessoas, os quais foram aconselhados a abandonar o recinto de forma a não provocarem nenhum incidente, o que se verificou naquele momento".

Continua a autoridade indicando que, encerrado o evento, "verificou-se que os mesmos elementos se encontravam envolvidos numa nova situação de alteração de ordem pública, já no exterior do local do evento, tendo sido novamente abordados pelos militares da Guarda". Na sequência desta segunda abordagem, seguiram-se "injúrias, ameaças e agressões aos militares da Guarda", tendo sido "promovida a detenção de 3 cidadãos", explica a GNR.

Para a detenção do trio, foi "necessário recorrer à força estritamente necessária para a sua execução"

Ainda em declarações ao Notícias ao Minuto, a GNR acrescenta ainda que, "já no interior do Posto Territorial da Trofa os detidos foram assistidos pelos Bombeiros Voluntários da Trofa, tendo os mesmos recusado qualquer outro tipo de assistência médica".

A GNR conclui que "os factos foram participados pela Guarda ao Tribunal Judicial de Santo Tirso pelos crimes de resistência e coação sobre funcionário e ameaça".

No seguimento desta situação estão a decorrer "internamente averiguações de natureza disciplinar para apuramento das circunstâncias da intervenção".

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